Depois de encantar e até emocionar plateias em meio a um cenário de
animação deslumbrante, que demonstrava os principais cartões postais do Rio de
Janeiro no filme Rio, a dupla de
ararinhas-azuis Jade e Blu embarcam agora em outra aventura na mais nova
produção do diretor brasileiro Carlos Saldanha – também dirigiu a Era do Gelo2 e Era do Gelo 3 – que estreou há pouco tempo nos cinemas: Rio 2.
Desta vez as simpáticas ararinhas-azuis – que conquistaram espectadores
de todas as idades – já possuem três filhotes e embarcam com eles para a
Floresta Amazônica a pedido de Jade, com o objetivo de conhecerem novas aves de
sua espécie, que até então havia sido declarada em extinção, tendo como membros
restantes apenas a família de Blu. O casal Túlio e Linda, dono das araras,
também estão na floresta a procura das novas espécies.
Segue-se então uma sequência de perseguições e surpresas, incluindo a
atrapalhada tentativa de Blu em se adaptar à vida selvagem após passar anos domesticado,
em uma rotina confortável e segura. Mas o principal conflito da trama se dará
em torno dos planos do vilão da história, um madeireiro que está prestes a desmatar
a floresta e destruir o habitat das araras azuis, que precisarão impedir este
ato. A famosa cacatua macho, que se consagrou como o grande vilão em Rio, volta aos telões para mais uma vez
importunar a vida de Blu, mas seu jeito atrapalhado e desengonçado, juntamente
com uma rã apaixonada por ele, faz com que ele mal consiga chegar perto do
protagonista.
Para quem assistiu a superprodução Rio,
lançada em 2011, torna-se inevitável a sua comparação com esta nova trama de
Saldanha com foco agora na Floresta Amazônica – o filme até chega a mostrar
algumas imagens do Rio de Janeiro apenas no momento de abertura, quando Blu e
sua família estão celebrando a passagem de ano em meio à queima de fogos em
Copacabana. Especialmente os adultos podem se frustrar com esta nova obra do
diretor brasileiro pela falta de criatividade presente no contexto, que se
resume muito mais a perseguições e espetáculos coreográficos dos personagens do
que uma envolvente história.
Todavia, o carisma e o humor das ararinhas e os efeitos visuais
deslumbrantes, acompanhados de uma bela coreografia feita pelos animais da
floresta, acabam por prender a atenção durante os 101 minutos de duração da
trama, que agradará especialmente o público infantil, em razão da desenvoltura
humorística inocente trabalhada nesta produção.
Enfim, Rio 2 também pode ser
uma ótima indicação de filme para reunir a família que esteja simplesmente com
o intuito de descontrair e divertir a criançada.
Por Mariana da Cruz Mascarenhas