quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Filho da Mãe


Dirigida e encenada por Eduardo Martini, a peça O filho da mãe conquista a plateia logo no início com a interpretação triunfante de Martini no papel de Valentina, uma mãe cheia de preocupações excessivas por seu filho (interpretado pelo ator Bruno Lopes). Durante os 90 minutos de espetáculo os dois atores se interagem o tempo todo trazendo diferentes histórias de períodos distintos vividos entre Valentina e seu filho que provocam risos na plateia a todo o momento.

A peça foca as crises sofridas por Valentina, cujo filho está prestes a embarcar a Nova York para estudar. Martini imerge totalmente no mundo de uma mulher que sofre de preocupações obsessivas e alternância de comportamentos sem desviar para estereótipos exagerados, de forma que os espectadores possam realmente visualizar a imagem de uma mãe extremamente apegada ao filho mostrando que não há limites para o amor maternal.

Vale a pena dar altas risadas com as neuroses da personagem Valentina nas cenas em que ela lida com diferentes situações vividas por seu filho, as quais conferem o tom de humor ao roteiro, como a chegada do filho em casa com um camaleão, a descoberta de que ele foi à praia com a namorada, e até mesmo a desconfiança da mãe de que ele seja gay, a qual não passa de uma cisma dela. Escrito por Regiana Antonini o espetáculo oferece um roteiro leve, sutil e totalmente desprovido de qualquer tipo de apelo agressivo. O espetáculo fica em cartaz no Teatro Folha até 27/08/2011.

Por Mariana Mascarenhas

sábado, 13 de agosto de 2011

Harry Potter e as relíquias da morte - parte 2

A segunda parte de Harry Potter e as Relíquias da Morte certamente encantará um numeroso público incluindo até mesmo os fãs mais assíduos da saga, que acompanharam a história detalhadamente, ao imergirem nos sete livros da série mas se decepcionaram com algumas produções que trouxeram outra identidade à história, no momento em que ela migrou para os telões.

No filme de despedida do bruxo mais consagrado de todos os tempos entre o público infantojuvenil, mesmo os mais fanáticos pela obra não se decepcionarão, pois poderão reviver a emoção do livro ao assistirem a produção que estreou em 15 de julho nos cinemas.

Sem enrolação ou acréscimo de cenas desnecessárias que desviam a saga da verdadeira forma como ela é contada na obra de J.K Rowling, o último filme reproduz toda a sequência de ações descritas no livro tal como ela é, mesclando interpretação e tecnologia, de forma que ambos os aspectos sejam devidamente trabalhados de maneira enriquecedora para o excelente desenrolar da trama.

Após sete lançamentos de produções cinematográficas que trouxeram aos espectadores as diversas aventuras voltadas ao mundo da magia, vividas pelo bruxo Harry Potter, o oitavo filme traz a batalha final entre Harry e o vilão Voldemort, na qual um dos dois morrerá. Acompanhado de seus inseparáveis amigos Rony e Hermione, eles partem em busca das Horcruxes faltantes (objetos que precisam ser destruídos para que Voldermort possa ser derrotado).

A trama vem repleta de efeitos especiais os quais são devidamente produzidos sem virarem exagero e nem interferirem na qualidade interpretativa dos atores, que muitas vezes acaba sendo substituída pela tecnologia. Desta vez o elenco traz personagens mais vivos, resgatando a verdadeira personalidade existente na obra escrita.

Portanto, vale a pena conferir essa última produção que, depois de sete filmes, traz um desfecho que finalmente acerta em cheio na reprodução do livro. A verdadeira magia de como migrar a saga, em todos os aspectos, dos livros para os telões, parece finalmente ter sido compreendida sendo uma pena que tal fato tenha acontecido de verdade somente na batalha final.

Por Mariana Mascarenhas