segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tron: o Legado


Depois da produção lançada em 1982, que inovou o conceito de efeitos visuais ao usar a computação gráfica, Tron: o Legado volta este ano para os telões dando sequência a trama, depois de 28 anos da primeira estreia.


Dirigido por Joseph Kosinski, o filme narra a história de Kevin Flyn (Jeff Bridges ), um engenheiro de software que um dia desaparece sem dar notícias deixando seu filho, Sam Flynn (Garrett Hedlund), de sete anos, aos cuidados dos avós.


O mistério do desaparecimento é revelado anos depois quando Sam está com 27 anos, e, após receber um sinal do antigo escritório de Kevin Flyn , vai parar dentro de um universo cibernético, onde ele acaba reencontrando seu pai e, a partir daí, terá que enfrentar com ele verdadeiros “gladiadores virtuais” em uma batalha de efeitos visuais, a fim de voltarem ao mundo real e impedir que os chamados “vilões cibernéticos” estabeleçam a perfeição virtual sobre tudo o que existe, inclusive no mundo real.


O impacto produzido na produção de 1982 parece não se repetir com tanta ênfase na atual. A inovação, trazida pelos efeitos visuais, não teve um grande diferencial representando apenas mais uma série de efeitos técnicos entre inúmeros outros, vistos nos famosos filmes que estão cada vez mais preocupados em produzir tecnologia do que investir na construção dos seus personagens.


O efeito 3D, que não só tomou conta dos telões como invadiu a casa dos espectadores e rendeu grandes sucessos de bilheteria como Avatar, quase não ganha destaque em Tron: o Legado, onde o ápice ocorre nas pouquíssimas cenas em que os personagens saltam pelo espaço virtual.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A rede social



Do mesmo diretor de O curioso caso de Benjamim Button, A rede social não possui o mesmo clima fictício retratado no primeiro, mas, também é uma grande produção de David Fincher que envolve a plateia do começo ao fim, através da história do criador do Facebook. Trata-se de Mark Zuckerberg que, com apenas 19 anos, criou a mais famosa rede social dos últimos tempos, e hoje, com 26 anos, é o mais jovem bilionário americano.


O filme começa no ano de 2003, retratando o momento em que Zuckerberg (Jesse Eisenberg)tem uma discussão com sua namorada e ela acaba terminando tudo por conta do jeito arrogante e extremamente egoísta dele. Decepcionado, ele se conforta no que mais está habituado a fazer: isolar-se em seu quarto, na universidade de Harvard, para vasculhar a vida alheia em meio as suas brilhantes ideias de montar redes sociais com fotos de seus colegas, sempre acompanhado de uma bebida.


Depois de causar o maior alvoroço na universidade, ao fazer uma brincadeira virtual com as garotas do campus, três jovens, incluindo os gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, se surpreendem com a sua mente brilhante e resolvem chamá-lo para, juntos, criar uma rede social com o propósito de estabelecer novas amizades e, principalmente, relacionamentos amorosos. Felizes com a aceitação de Zuckerberg, eles mal sabem que os planos do garoto eram outros: juntamente com o seu amigo de quarto, o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), ele cria o thefacebook.com, que mais tarde se torna o Facebook e reúne mais de 500 milhões de membros .


A ambição de Zuckerberg é tão grande que ele usa a sua genialidade para se registrar como o único fundador do Facebook e acaba sendo, mais tarde, processado por Saverin e os gêmeos que o acusam de ter roubado a ideia deles, mas na verdade ele nunca havia criado nada com os Winklevos .


O filme peca, apenas por oscilar tanto, entre os momentos em que o criador do Facebook é processado pelos colegas e os momentos das cenas que mostram detalhadamente toda a história de como surgiu a ideia de criação da rede social que revolucionou a internet, através de uma retrospectiva, deixando de valorizar uma maior linearidade do acontecimento dos fatos. Porém, a interpretação de Jesse Eisenberg é tão envolvente, que leva o público a confundir o personagem com o Mark Zuckerberg real e a pensar que tudo está realmente acontecendo naquele momento. Também vale ressaltar a grande atuação de Justin Timberlake no papel de Sean Parker, o criador do site de músicas Napster, que se desprende totalmente do ícone pop, para dar vida ao seu personagem.


A rede social é um dos filmes mais comentados do ano e já foi considerado um dos dez melhores de 2010. Vale a pena conferir e descobrir como é impossível conseguir 500 milhões de amigos sem conquistar alguns inimigos.