terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Roubo nas alturas

Com uma história simples e concisa Roubo nas Alturas não chega a surpreender a plateia com cenas inesperadas, mas não deixa de ser uma boa opção para aqueles que vão ao cinema em busca de uma comédia dotada de simplicidade, com o objetivo apenas de relaxar o cérebro e dar boas risadas.

O filme traz para os telões o ator que se consagrou na série de longa-metragens de Entrando numa Fria, Ben Stiller, interpretando Josh Kovacs, o extremamente competente gerente de um edifício, cujo chefe é o milionário Artur Shaw (interpretado por Alan Alda), residente do prédio que Kovacs administra e poderoso investidor de Wall Street.

A situação se complica quando Shaw é preso por fraude e tudo se torna mais agravante quando Kovacs descobre que tanto seu fundo de pensão quanto o dos demais funcionários que trabalham no prédio desaparece depois de terem sido confiados a Shaw, que havia prometido multiplicá-los.

É a partir de então que a trama desenvolve mais a ação, acrescida com toques de comédia, pois, diante da situação, Kovacs decide recuperar o dinheiro perdido planejando um roubo no apartamento de seu poderoso chefe, contando com a ajuda de alguns atrapalhados parceiros.

Como nenhum dos membros do grupo tem a menor noção de como praticar um roubo, por menor que seja, eles serão orientados por um ladrão de verdade que vive rondando a rua de Kovacs, interpretado por Eddie Murphy que, a partir de então, fazendo jus ao personagem que interpreta, rouba a atenção do filme para si ao lidar com um bando de inexperientes – “babacas”, segundo o personagem - que nunca roubaram nada.

Com seu mesmo estilo comediante presente em muitos filmes que sempre encantaram as plateias do cinema, Murphy é quem mais se destaca a partir deste momento até o final do filme. A forma como o grupo lida com a situação para alcançar o objetivo é rápida e concisa, ao contrário de muitos outros filmes que costumam conferir certa prolixidade ao desenrolar dos conflitos finais, e que, algumas vezes, acrescentam apenas cenas desnecessárias a trama.

Dirigido por Brett Ratner, Roubo nas Alturas não é nenhuma produção fora do comum, mas se classifica como uma comédia com o objetivo de entreter e divertir o público.

Por Mariana Mascarenhas

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Conversando com mamãe

Dirigida por Suzana Garcia, a peça Conversando com Mamãe propõe uma excelente interação cênica para a plateia em engraçadas conversas entre dois personagens: uma senhora de 82 anos (interpretada por Beatriz Segall) e seu filho Jaime (Herson Capri), que está na faixa dos 50 anos.

A história começa muito bem ao trazer para os palcos os problemas do filho cinquentão que, ao perder o emprego, vai até a casa de sua mãe para lhe dizer que ela terá que deixar o apartamento, pois ele precisará vendê-lo, e a sugestão de Jaime é que ela vá morar com ele e sua esposa. A partir de então, se inicia uma gostosa conversa que envolve o público para as engraçadas histórias contadas pela senhora sobre ela e seu namorado.

Beatriz Segall arranca altas risadas em vários momentos com seus picos de atuação e destaque, mas, à medida que o conflito vai se desenrolando, a história se mantém próxima a uma linearidade, sem muitas inovações e surpresas nos discursos entre mãe e filho. No entanto, a peça é válida pelos momentos de humor e até de reflexão e emoção que Herson Capri e Beatriz Segall conseguem causar ao evocarem os altos e baixos vividos nas conversas entre os dois personagens.

A peça permanece em cartaz até o dia 18 de dezembro no Teatro Folha, localizado no Shopping Pátio Higienópolis.

Por Mariana Mascarenhas

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Retorno de Johnny English

Depois de arrancar altas risadas da plateia, como o espião Johnny English, em 2003, Rowan Atkinson, que também se consolidou na TV e no cinema com o famoso personagem Mr. Bean, volta aos telões este ano para reviver o espião atrapalhado que mais causa encrenca do que colabora com a agência de serviços secretos norte-americanos.

Nesta trama, a agência americana resolve escalar Johnny English para uma missão em Hong Kong, depois de ele ter ficado cinco anos exilado no Tibete após fracassar, supostamente, em um serviço em Moçambique.

Desta vez o espião terá que descobrir quem está por trás de um plano de assassinato ao premiê chinês. Após diversas confusões para realizar sua missão, Johnny acaba descobrindo que um dos envolvidos é um agente secreto que trabalha com ele. A partir daí se inicia uma sucessão de novas trapalhadas e cenas de ação dotadas de um bom humor - típico dos personagens interpretados por Rowan Atkinson, que arrancam altas gargalhadas através de uma comédia simples, leve e bem elaborada - como a que o personagem de Atkinson salta em cima de uma pobre velhinha, confundindo-a com uma senhora assassina.

Vale ressaltar a grande atuação do protagonista que sempre soube retratar muito bem a comédia ao seu modo, acompanhada de suas excelentes expressões faciais, que, por si só, já conferem graça a trama.

Por Mariana Mascarenhas