quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

L'llustre Moliére

Encenada pela Companhia D’Alma, a peça teatral L’IIlustre Moliére traz de forma bem humorada parte da trajetória do dramaturgo francês Moliére (1622-1673). A história se passa no século XVII e nos apresenta o protagonista ensaiando suas peças com uma turma de atores. Em diversos momentos nos deparamos com a transposição de cenas em que Moliére discute com seu grupo e ao mesmo tempo se iniciam várias peças ensaiadas pelos personagens da história.

Moliére, muito bem interpretado pelo ator Guilherme Santana, escrevia peças - e isso fica extremamente claro neste espetáculo – com um objetivo que ia muito além de apenas entreter a plateia: provocar a sociedade hipócrita e a sua ganância por ascensão social. Um dos exemplos é a peça Tartufo, em que ele conta a história de um devoto da igreja que, além de tentar seduzir uma mulher casada é um golpista. Esse trecho é apresentado em L’llustre Moliére mostrando que a peça foi altamente censurada pela Igreja, logo após a sua estreia, e quase foi proibida de permanecer em cartaz pelos tribunais do rei Luís XIV da França.

Dirigida por Sandra Corveloni, o espetáculo agrega contemporaneidade a uma trama do século XVII, deixando a peça ainda mais atraente.

Por Mariana Mascarenhas

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"O Artista" encerra noite do Oscar como melhor filme do ano


Neste ano a grande festa da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas norte-americana veio com prêmios para filmes que nos remeteram aos primórdios da história do cinema, de modo que a simplicidade cinematográfica falou mais alto.

A produção com mais indicações ao Oscar (11 no total), A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorcese, levou cinco estatuetas nas categorias de melhor mixagem de som, edição de som, fotografia, efeito visual e direção de arte. O filme de Scorcese abordou um pouco a história do cinema prestando homenagem ao grande ilusionista francês Geórge Meliés, que introduziu os efeitos especiais nas produções cinematográficas, além da trama trazer um pequeno trecho do primeiro filme apresentado à humanidade.

Mas o destaque da 84o Festa da Academia foi para o filme do diretor francês Michel Hazanavicius, O Artista, que conquistou 4 das 10 indicações incluindo melhor diretor para Hazanavicius, melhor ator para Jean Dujardin, melhor trilha sonora e encerrou a noite do Oscar conquistando o prêmio de melhor filme. O Artista foi rodado em preto e branco e sem falas, prestando uma homenagem ao cinema da década de 20, além de enfatizar a passagem do filme mudo para o falado. Com baixo orçamento, o filme encantou plateias com a simplicidade de sua história – um grande astro de Hollywood que entra em decadência com a chegada do som ao cinema, e que se apaixona por uma garota que vira atriz e se torna o grande sucesso do cinema falado.

A entrega do prêmio principal para O Artista certamente foi e ainda será, por muito tempo, assunto entre cinéfilos e não cinéfilos, já que uma produção simples e fundamentada em filmes da década de 20 passou a frente de outras grandes produções feitas com um imenso aparato tecnológico.

Neste ano a cerimônia do Oscar não trouxe grandes surpresas, pois muitas premiações já eram esperadas, como grande parte dos prêmios arrematados pelo filme A Invenção de Hugo Cabret e O Artista - apesar de muitos terem apostado em “Hugo” como melhor filme. Além desses, outros momentos já esperados foram a entrega do Oscar de melhor filme estrangeiro para A Separação, melhor maquiagem para A Dama de Ferro, que contou a vida da primeira-ministra inglesa Margaret Tatcher, interpretada por Meryl Streep, que retratou a vida da protagonista na velhice e na juventude e contou, para isso, com uma maquiagem que lhe conferiu uma transformação impecável para fazer a Tatcher envelhecida.

Outra esperada e merecida premiação foi a entrega do Oscar de melhor atriz a Meryl Streep, que se emocionou em seu discurso. Ela já foi indicada 17 vezes a estatueta, sendo a recordista em indicações, e não era premiada na categoria há 29 anos.

Outros momentos memoráveis foram a entrega de estatueta de melhor atriz coadjuvante - para Octavia Spencer de Histórias Cruzadas, que se emocionou muito com a entrega do prêmio – e de melhor ator coadjuvante - para Christopher Plummer de Toda História de Amor, que com 82 anos se tornou o ator mais velho a ganhar um Oscar.

Por Mariana Mascarenhas

Confira todas as premiações:

Melhor Fotografia - A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Direção de Arte - A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Figurino - O Artista
Melhor Maquiagem - A Dama de Ferro
Melhor Filme Estrangeiro - A Separação
Melhor Atriz Coadjuvante - Octavia Spencer, Histórias Cruzadas
Melhor Edição - Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Melhor Edição de Som - A invenção de Hugo Cabret
Melhor Mixagem de Som - A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Documentário - Undefeated
Melhor Longa de Animação - Rango
Melhores Efeitos Visuais - A Invenção de Hugo Cabret
Melhor Ator Coadjuvante - Christopher Plummer, Toda Forma de Amor
Melhor Trilha Sonora - O Artista
Melhor Canção Original - "Man or Muppte" - Os Muppets
Melhor Roteiro Adaptado - Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash, Os Descendentes
Melhor Roteiro Original - Woody Allen, Meia Noite em Paris
Melhor Curta Metragem - The Shore
Melhor Curta de Documentário - Saving Face
Melhor Curta de Animação - The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore
Melhor Direção - Michel Hazanavicius, O Artista
Melhor Ator - Jean Dujardin, O Artista
Melhor Atriz - Meryl Streep, A Dama de Ferro
Melhor Filme - O Artista

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A Invenção de Hugo Cabret

Com cenografia, montagem e roteiro simplesmente impecáveis, A invenção de Hugo Cabret justifica plenamente suas 11 indicações ao Oscar – incluindo melhor filme, roteiro adaptado e direção (Martin Scorcese). E não podia ser diferente, já que estamos falando de um dos mais renomados diretores em decupagem cenográfica (que sabe concretizar o roteiro na filmagem), o Scorcese, que nos leva para o mundo do pequeno Hugo (Asa Butterfield) lançando mão das diversas variações e inovações com ângulos de filmagem e sucessão de planos que nos levam a uma viagem pela história – sob o ponto de vista de como o diretor a conta.

Estamos em Paris, na década de 30, em uma estação de trem, onde acompanharemos toda a trajetória de Hugo Cabret, um menino órfão que, após perder seu pai (Jude Law) em um incêndio, vai para a estação, onde ele se instala no pavimento de relógios, os quais ele fica responsável por arrumar. Sustentando-se à base de pequenos furtos que ele realiza no local, o pequeno Hugo vive se escondendo de um inspetor manco (Sacha Baron Cohen) cuja paranoia é mandar os meninos órfãos que encontra para o orfanato.

A produção foca as diversas aventuras vividas por Hugo, que está à procura de desvendar um grande enigma: trata-se de uma mensagem revelada em desenho por um robô, que seu pai havia achado em um museu e ele praticamente consertara.

George (Ben Kinsley), um senhor que possui uma loja na estação de trem, logo na abertura do filme, confisca um caderno do menino por se sentir incomodado com o que vê nele: uma série de desenhos e esquemas sobre como construir o robô achado pelo pai de Hugo. De forma quase acidental, o protagonista torna-se amigo da afilhada de George: uma simpática e inteligente menina (Chloë Grace Moretz) que, disposta a encarar uma aventura, o ajuda e faz uma série de descobertas que envolvem os primeiros filmes da história do cinema.

No desenrolar da trama todas as pistas vão sendo desvendadas e, à medida que os fatores se encaixam, as crianças, e também os espectadores, vão se envolvendo e descobrindo que o aborrecido George já foi muito mais do que um simples vendedor e, inclusive, teve grande relevância para toda a humanidade.

Scorcese coloca o público dentro da cabeça de Hugo através de um cenário dotado de cores fortes e expressionistas e personagens que dialogam com o protagonista e a câmera ao mesmo tempo, nos colocando no lugar do pequeno órfão e nos fazendo viver o personagem em primeira pessoa. Imagens deslumbrantes de Paris nos levam a viajar e imergir nos telões, principalmente por se tratar de um filme rodado em 3D, que soube usar adequadamente este recurso durante toda a trama.

A Invenção de Hugo Cabret nos faz voltar ao tempo e relembrar – ou ver pela primeira vez – os primeiros filmes da humanidade, como A Chegada do Trem na Estação, primeiro filme apresentado ao mundo pelos irmãos Lumière, sem contar ainda a grande homenagem feita a Géorge Meliés, o ilusionista francês que introduziu os efeitos especiais no mercado cinematográfico e se tornou muito conhecido com a produção Viagem à Lua: uma das mais antigas imagens do cinema que mostra um foguete saindo da Terra e viajando até o olho da Lua.

Um filme tão surpreendente que merece tantas linhas para comentá-lo. Não é a toa que esta produção concorre a 11 Oscars e, assim como O Artista – que concorre a 10 e exalta a passagem do cinema mudo para o falado – presta uma grande homenagem ao cinema.

Por Mariana Mascarenhas

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Dama de Ferro

Mais uma vez a talentosa Meryl Streep brilha em cena, leva o Globo de Ouro de melhor atriz e ainda concorre ao Oscar de mesma categoria, a ser disputado no dia 26 de fevereiro, tudo devido a sua participação em Dama de Ferro. Desta vez a estrela do cinema interpreta Margaret Tatcher, a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Inglaterra.

A diretora britânica Phyllida Lloyd nos convida a invadir a mente de Margaret no período de sua velhice e a relembrar junto com a personagem toda a sua trajetória, já que o passado dialoga com o presente durante o filme.

Logo na abertura de A Dama de Ferro, nos deparamos com a protagonista envelhecida, a qual é retratada por uma maquiagem muito bem feita em Meryl Streep. A idade avançada e as doenças decorrentes nos revelam a imagem de uma Margaret fragilizada e que ainda não se desprendeu do passado vivendo das lembranças da importante pessoa que ela foi.

Essas lembranças mostram Margaret Tatcher que, em meados da década de 50, se elege parlamentar ainda jovem e, passados alguns anos, se torna a primeira-ministra britânica mulher. A Dama de Ferro reforça bem o título do filme com a encenação das diversas dificuldades enfrentadas pela primeira-ministra, que ficou conhecida por não ter medo de tomar as decisões necessárias para o bem de seu país, mesmo que isso gerasse o descontentamento de muitos.

A perfeita combinação entre Phillida Lloyd, que soube contar a vida de Margaret sob o ponto de vista da personagem, e Meryl Streep, que mergulha de cabeça em seu papel, são cruciais para que a trajetória da primeira-ministra fosse retratada de forma tão adequada.

A atriz realmente marca presença no filme e se destaca diante dos outros atores que chegam até a serem ofuscados pelo talento de Meryl.

Por Mariana Mascarenhas

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A Separação

Dirigido por Asghar Farhadi, esta produção iraniana sintetiza de forma bem realista os dramas vividos por um casal que está se separando e nos coloca em uma proximidade real tão acentuada dos conflitos humanos, que chegamos a acreditar estarmos dentro de um drama que acontece em tempo real.

A Separação traz a história do casal Simin (Leila Hatami) e Nader (Peymann Moadi), que precisa se divorciar para que a mulher possa ir embora do país, já que seu marido não pode ir, pois o pai dele tem Alzheimer e precisa de cuidados. Pensando em proporcionar uma situação melhor para Termeh (Sarina Farhadi), a filha adolescente do casal, Simin quer levar a garota junto com ela, mas Nader não gosta nada da ideia e resolve não assinar os papéis do divórcio.

Após a discussão do casal em frente ao juiz, em um plano geral que foca os dois dialogando com a câmera, a qual coloca a plateia na visão do juiz, Simin volta para a casa de seus pais enquanto Termeh continua morando com o pai e o avô doente. A partir de então, Nader precisa contratar alguém para cuidar de seu pai e arruma Razieh (Sareh Bayat), uma empregada grávida que aceita a proposta, mas tem grande receio de que seu marido desempregado descubra que a esposa trabalha na casa de um homem separado.

Dois grandes acontecimentos envolvendo Razieh, Nader e seu pai doente vão gerar uma série de questionamentos e intrigas, que acabam parando na Justiça, e acarretam em uma forte oposição entre a família de Nader e Razieh com seu marido.

Com 123 minutos de duração, A Separação foi produzida apenas com som ambiente para que o espectador se aproximasse mais de um conflito real, além da execução de vários travellings (a câmera se movimenta junto com o que está sendo focado por ela) produzindo cenas com movimentos e trepidações que pudessem refletir o drama dos personagens. Como o diretor trabalhou o filme de modo que o público também possa formar pontos de vista, a respeito das possíveis interpretações que possam surgir, Farhadi confere um grande desfecho para a produção ao permitir que cada espectador também participe da formação da história ao ter seu próprio ponto de vista na conclusão da trama.

Vale a pena conferir esta grande produção vencedora do Globo de Ouro, Festival de Berlim de 2011, Urso de Prata e Urso de Ouro e ainda concorre a categoria de melhor filme estrangeiro na cerimônia do Oscar que acontece no dia 26 de fevereiro.

Por Mariana Mascarenhas

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O Artista

Estamos no ano de 1927 diante da cena de uma sala de cinema com espectadores que acompanham atenciosamente toda a emoção e o encanto trazidos pelo cinema mudo. Por trás do telão exibido no filme, nos deparamos com o personagem George Valentin (interpretado por Jean Dujardin), um ator que acompanha a sua atuação na produção. Esta é a abertura de O Artista, que – com dez indicações ao Oscar, incluindo melhor filme, roteiro, direção (para Michel Hazanavicius), ator (Jean Dujardin) e atriz coadjuvante (Bérénice Bejo) – possui todos os indícios que nos levam a crer que, desta vez, será uma comédia francesa que levará a maior parte dos prêmios na grande noite da maior festa da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas norte-americana.

E, para que possamos nos sentir ainda mais imersos nos encantos desta década do cinema mudo, nada melhor do que assistirmos a um, sendo assim, O Artista é produzido todo em preto e branco, sem falas e com cenas acompanhadas apenas da trilha sonora de Ludovic Bource.

Após a abertura somos levados a acompanhar toda a trajetória de Valentin que, após a transição do cinema mudo para o falado, é demitido de seu trabalho por considerar a chegada do som como algo inaceitável para o cinema, que já havia se consolidado há tantos anos focando apenas as expressões dos atores. A partir daí ele decide dirigir seus próprios filmes, todos sem fala, mas não obtém nenhum sucesso. Durante toda a produção, Valentin – sempre acompanhado de seu cachorro de estimação, que confere um ar especial para o filme – se encontra várias vezes com Peppy Miller, uma dançarina que o conheceu enquanto ele ainda era um astro de Hollywood. Em trajetórias contrastantes, Valentin, apesar de casado, sente o coração pulsar mais forte ao conhecer a garota, que vai se tornando cada vez mais famosa no mundo do cinema falado, ao passo que o protagonista da história vira um verdadeiro fiasco profissional com suas produções de cinema mudo, que ainda tentam persistir na época que o som já prevalecia.

Não é a toa que esta produção tem grandes chances de ser o destaque da noite de premiações do Oscar: O Artista realmente nos coloca diante de uma delicadeza e expressão cênica características do cinema mudo, através da utilização de uma decupagem (a forma como a história é contada através da realização do filme) de caráter expressionista, composta de vários cortes simples que se distanciam da continuidade em cena e sem inovar ângulos de filmagem. O diretor Michel Hazanavicius acerta em cheio ao tentar nos transportar para a sétima arte da década de 20.

A forma como a trilha sonora é conduzida, produzindo momentos de silêncio para mostrar como este era trabalhado na época em que a plateia assistia a filmes mudos, acompanhados de música e diálogos escritos, como é o caso de O Artista, mostra que o diretor realmente mergulhou de cabeça nos trabalhos dos grandes diretores daquela época.

Cabe ainda destacar o trabalho dos atores, como Dujardin, que demonstrou uma atuação expressionista incrível, da mesma forma como os atores da década de 20 precisavam revelar todos os seus atributos físicos e psicológicos na interpretação corporal e facial. Vale lembrar o grande Charlie Chaplin, um dos mais consagrados artistas do cinema mudo.

Por Mariana Mascarenhas

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Cavalo de Guerra

Como é de praxe do diretor Steven Spielberg emocionar e encantar plateias com suas grandes produções, ele não podia fazer diferente em Cavalo de Guerra, um filme dotado de uma cenografia impecável e que concorre a 6 Oscars, incluindo melhor filme, direção e fotografia.

Em Cavalo de Guerra somos levados para a Inglaterra na época da I Guerra Mundial, onde o fazendeiro Ted Narracot (interpretado por Peter Mullan) está cheio de dívidas e, para resolver a situação, ele vence um leilão e arremata Joey, um cavalo de preço elevado que atrai a atenção de Narracot, mas não é o animal ideal para cumprir o objetivo do fazendeiro: arar suas terras para saldar as dívidas e garantir sua moradia. No entanto, mesmo com o alerta de seu amigo que o cavalo não serve para o arado, a teimosia de Narracot faz com que ele invista o pouco de dinheiro que possui no animal e o leva para casa para conviver com ele, sua esposa (Emily Watson) e seu filho: o jovem Albert (papel de Jeremy Irvine) quem cria um lindo e emocionante laço de amizade e confiança com Joey.

Após a grande persistência do garoto que “dá o sangue” para fazer com que o cavalo are a terra, Joey consegue cumprir o seu objetivo que já havia sido desacreditado por Narracot. No entanto, a felicidade da família dura pouco devido a uma chuva que causa um grande estrago em toda a plantação e, desesperado para saldar a dívida e não ser despejado junto com a esposa e o filho, Narracot vende o cavalo, para o desespero de Albert, a um soldado inglês que irá lutar na I Guerra.

A partir de então, Joey vai para a Guerra e passar por uma trajetória composta por uma sucessão de acontecimentos que envolvem diferentes e emocionantes histórias e personagens. Spielberg acerta em cheio ao oferecer um ótimo final para o desenrolar dos conflitos da trama.

Com uma produção espetacular, o filme certamente será o favorito a ganhar o Oscar de melhor fotografia ao nos transportar para um cenário que remete de maneira praticamente perfeita a época em que se passa a história e também vem como forte concorrente nas demais indicações ao Oscar.

Por Mariana Mascarenhas