Foto Caio Gallucci
Espetáculo musical que
traz a trajetória de um dos maiores artistas pop de todos os tempos (Michael
Jackson), Thriller Live Brasil Tour
está em São Paulo desde o dia 10 de maio e permanecerá em cartaz no Credicard
Hall até o dia 23 de junho. Idealizado pelo inglês Adrian Grant, biógrafo de
Michael Jackson, ao chegar ao Brasil essa produção londrina adaptou cantores e
dançarinos brasileiros à equipe estrangeira.
O show se fundamenta
basicamente em apresentar os grandes sucessos musicais que marcaram a carreira
do Rei do Pop desde a época em que o pequeno Michael, ainda menino, revelou ao
mundo a genialidade artística que existia dentro de si – genialidade esta que
estava, simplesmente, muitíssimo além do que grandes artistas seriam e são
capazes de fazer – passando pelo auge e chegando aos últimos sucessos lançados
por ele. Durante as quase três horas de show, as músicas apresentadas vêm
acompanhadas de pequenas narrações sobre trechos da vida de Michael,
intercaladas entre os números musicais.
Para muitos fãs de
carteirinha do ícone pop, o simples fato de assistir a um espetáculo como Thriller Live, que relembra momentos
memoráveis do rei e em algumas partes os convida a cantar e dançar os sucessos
musicais que cativaram o planeta, é motivo suficiente para que esta produção
seja avaliada como excelente. Todavia, certamente para alguns fãs e o público
em geral, é visível que esta produção peca em alguns quesitos.
Os efeitos especiais,
por exemplo, que eram concebidos nos shows de Michael por uma riquíssima composição
técnica de luzes, sons e explosões, quase não marcam presença nesta produção –
é óbvio que não devemos exigir para este espetáculo o mesmo nível técnico trabalhado
nas apresentações do Rei do Pop. Porém, a simplicidade de efeitos – que se
resumem a algumas luzes em combinações visuais, duas escadas que levam a uma
passarela e um telão ao fundo do palco, para mostrar ilustrações que interagem
com as canções cantadas – revelam que o show pretende focar muito mais no
talento do elenco, tendo o cenário como mero complemento.
Além disso, a produção
demora certo tempo para mostrar que prisma escolheu para contar a trajetória do
rei, já que mistura narrações, encenações e danças sem deixar claro qual é a
estrutura do roteiro. A apresentação inicial traz cantores e dançarinos que
interpretam alguns sucessos da banda Jackson 5, na qual Michael iniciou sua
carreira, sem estar totalmente envolvidos na desenvoltura espetacular trazida
pelo rei e também pelos seus irmãos, quando cantavam junto com Michael.
Entretanto, com o
desenrolar do show, fica visível o crescimento gradativo dos artistas no palco,
principalmente após o intervalo, em que eles passam a interpretar as principais
canções que estremeceram o mundo e foram destaques na carreira solo de Michael
Jackson. Há que se destacar alguns momentos memoráveis de Thriller Live, como a encenação da música Smooth Criminal, que traz excelentes performances corporais acompanhadas
de um ótimo trabalho vocal, despertando na plateia uma vontade de entrar no
ritmo da dança junto com os intérpretes.
Enfim, à medida que o
show se aproxima do fim, é cada vez maior o envolvimento que todo o elenco cria
na plateia, diante da bela incorporação dos números musicais, porém, justamente
por se tratar de uma homenagem ao Rei do Pop, cujo talento era praticamente
inatingível em corpo e voz (e não é à toa que ele conquistou fãs nos cinco
continentes, incluindo todas as gerações e ainda causa hoje muita euforia entre
os fãs através de suas músicas, mesmo passados quase 4 anos de sua morte), é
que o show deixa a desejar um pouco na falta de maior grandiosidade artística no
palco do Credicard Hall.
Thriller
Live Brasil Tour também já esteve no Rio e em Brasília,
antes de vir a São Paulo.
Por Mariana da Cruz Mascarenhas
Nenhum comentário:
Postar um comentário