Depois do tremendo
sucesso mundial da trilogia O Senhor dos
Anéis, que rendeu milhões de
dólares e posicionou os
dois últimos filmes entre as 15 maiores bilheterias de todos os tempos – além
disso, a terceira produção chamada O
Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (2003), conquistou 11 Oscar, se tornando recordista em estatuetas, ao lado
de Ben Hur (1959) e Titanic (1997) – o diretor neozelandês
Peter Jackson resgata a história dos hobbits
e sua saga para os telões em O Hobbit –
Uma Jornada Inesperada.
A trama faz parte de
uma nova trilogia que terminará em 2014 e é baseada no livro infanto-juvenil O Hobbit,
elaborado pelo escritor, professor e filólogo britânico J.R.R Tolkien publicado pela primeira vez em 1937. Dando continuidade à publicação
anterior, Tolkien escreveu a saga O
Senhor dos Anéis, dividida em três volumes lançados entre 1954 e 1955. O
sucesso desta trilogia fez com que ela fosse traduzida em mais de 40 idiomas e
gerasse uma venda de cerca de 160 milhões de cópias.
Justamente face a tamanho sucesso e à repercussão
mundial que Peter Jackson deve ter priorizado
a trilogia, produzindo-a primeiro no cinema. Agora, consciente do quanto a saga
do anel continua a atrair fãs por todo o planeta é que o diretor resolve voltar
ainda mais no tempo e apresentar para o público como o anel foi parar na mão de um hobbit pela primeira vez.
A primeira parte de O Hobbit conta a história de como o
pequeno Bilbo Bolseiro (sessenta anos mais jovem do que na trama O Senhor dos Anéis), interpretado por
Martin Freeman, encontra o anel que deverá ser destruído na trilogia seguinte. O protagonista da história embarca numa
jornada repleta de aventuras e surpresas, marcadas pela aparição de seres
horrendos como os orcs, ao lado do mago Gandalf (papel de Ian McKellen) e um
grupo de anões ambulantes que pretendem recuperar seu reino depois de
derrotarem o dragão que o destruiu.
No trajeto, Bilbo
encontra Gollum, personagem que já havia se consagrado nos telões durante os
filmes anteriores de Jackson e não faz diferente neste enredo, mantendo o mesmo
estilo ambíguo, mesclando um ar de crueldade, medo e dúvidas com seu jeito
desengonçado de ser, que chega a arrancar risadas da plateia.
Mantendo a mesma impecabilidade
no quesito efeito visual das produções anteriores relacionadas à saga do anel,
Peter Jackson surpreende os olhares do público com cada transformação de cena e
com momentos inesperados que levam os telespectadores a se assustarem junto com
os personagens.
A grandiosidade dos
efeitos, juntamente com a atuação dos atores, que não deixam a desejar, confere
um excelente desenrolar para a trama que, apesar de não conseguir ultrapassar o
impacto positivista da trilogia anterior causada na plateia – tamanho o
enriquecimento e envolvimento que a história trouxe consigo, se consagrando por
todo o mundo – este novo filme não fica muito atrás das produções anteriores.
Todavia, o diretor pode ter pecado ao tentar transformar
um livro de 300 páginas em uma trilogia cinematográfica, pois fica extremamente
perceptível a presença de cenas prolixas que se estendem cansativamente, visando preencher algumas
sequências de tempo.
Entretanto, no contexto
geral, vale a pena conferir a jornada de Bilbo Bolseiro nesta primeira parte da
trama, que possui quase três horas de duração e conforme se desenrola vai
prendendo a atenção do público até chegar a um final menos prolixo e digno de
elogios, principalmente pelas ações,
agregadas aos efeitos visuais, que agora também podem ser vistos em 3D. Vamos
aguardar os próximos lançamentos para saber o que Peter Jackson nos reserva.
Por Mariana da Cruz Mascarenhas
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