domingo, 3 de abril de 2011

127 horas


Do mesmo diretor de Quem quer ser um milionário? (Danny Boyle), 127 horas é um filme baseado em fatos reais que consegue prender a plateia com fortes emoções de caráter realista. Privado de diálogos, até porque a situação impõe a isso, Boyle se preocupa em fazer com que o espectador entre na mente do protagonista e entenda suas angústias e aflições de forma que, ao desenrolar da trama, o público possa estar totalmente familiarizado com o personagem.

Em 127 horas o ator James Franco interpreta o alpinista Aron Ralston. Apaixonado por aventuras ele já se habituou a infiltrar nos mais diversos tipos de situação sempre acompanhado da mochila de viagem, sua única companheira já que ele gostava de se aventurar sozinho sem dar satisfações a ninguém, até que um dia ele percebe a consequência de seu egoísmo. Ralston fica com o braço preso em uma fenda e, impossibilitado de movê-lo e sem ter comunicado a ninguém para onde iria, ele vai se dando conta, durante as 127 horas em que permanece com o braço imóvel, dos inúmeros erros que cometeu em sua vida e como o egoísmo o destruiu.


É justamente nas cenas em que o alpinista passa momentos de reflexão conversando consigo mesmo e pensando no que fez, que a plateia pode se sentir totalmente imersa em sua vida e é levada a se aproximar mais da suas angústias e dores daquele momento.

A impressionante calma e o autocontrole que ele tenta impor para si durante todo o tempo em que está preso começa a dar lugar ao desespero quando cinco dias se passam e acaba toda a comida e bebida que ele possuía em sua mochila, a qual já havia sido devidamente racionada, pois se não acabaria logo no primeiro dia. Neste momento, Ralston apela para uma solução agonizante, mas que é a única que poderia garantir a sua sobrevivência. Seguem-se então cenas que deixarão muitos espectadores atordoados.

Franco consegue conferir excelente credibilidade revivendo os momentos de tensão do alpinista e junto com Danny Boyle oferecem uma grande produção para os telões.

Por Mariana Mascarenhas

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