quarta-feira, 25 de junho de 2014

Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou


“Eu ainda vou encontrar o homem certo pra mim”. Quantas mulheres, em algum momento  de suas vidas, já se flagraram dizendo esta frase, seja após um longo tempo de espera pelo príncipe encantado, após um extenso relacionamento que não deu certo, ou ainda depois de conhecer e sair com vários parceiros apenas por aventura com a plena convicção de que nenhum deles é a cara-metade sonhada?

A atriz Mônica Martelli vive esse dilema na comédia Os Homens São de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou no papel da personagem Fernanda, uma mulher de 39 anos, que está a procura desesperada de um par romântico ideal.. Sua angústia apenas se agrava com o fato dela ser a responsável por produzir diversos casórios, já que é dona de uma empresa especializada em casamentos.

A trama consiste em narrar a saga da protagonista: encontrar sua metade da laranja, incluindo diversos homens dos mais variados perfis e gostos com quem ela se relaciona, como o galanteador Juarez (Eduardo Moscovis), quem ela conhece numa das festas de um de seus clientes, e um alemão (Peter Ketnath), totalmente desapegado às coisas materiais e amante da natureza, que ela conhece numa viagem a Salvador. Todavia, os diversos entraves que surgem em cada novo relacionamento que Fernanda começa leva-a a crer que jamais encontrará aquele que ela idealiza como seu príncipe.

Baseada na peça teatral escrita e apresentada em forma de monólogo para mais de 2 milhões de pessoas, a produção cinematográfica é dirigida por  Marcus Baldini e tem tudo para conquistar o público, justamente por trazer um tema que faz parte do cotidiano de muitas pessoas, gerando grande empatia e descontração ao mesmo tempo, por ser contado em forma de comédia.

A trama empolga no início, mas  pode diminuir acentuadamente, já que vai ganhando uma linearidade sem muitas surpresas e diversas piadas já conhecidas, principalmente por estarem relacionadas a algo tão clichê, que é a comicidade presente na dificuldade em encontrar um parceiro, talvez o diferencial fosse justamente encontrar uma abordagem distinta para algo já tão retratado nas telinhas, nos telões e nos palcos.

O ator Paulo Gustavo – que vem se revelando um verdadeiro rei da comédia brasileira da geração atual, com suas variadas atuações nos palcos e nas telinhas por meio de séries cômicas – arranca risadas da plateia e confere um upgrade ao filme toda vez em que aparece interpretando o sócio de Fernanda, Aníbal. Outra cena que pode valer a pena conferir, é o momento em que a protagonista enfrenta um verdadeiro drama,  quando está prestes a urinar em um rio, numa tentativa de viver apenas com os recursos da natureza, seguindo o estilo de vida de seu namorado alemão. É conferir para tirar as próprias conclusões.

Por Mariana da Cruz Mascarenhas 



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