quinta-feira, 27 de março de 2014

Jesus Cristo Superstar


Inspirado numa das maiores histórias de todos os tempos, o espetáculo musical Jesus Cristo Superstar finalmente chega aos palcos brasileiros, trazendo a história das passagens de Jesus narradas na Bíblia, desde sua chegada em Jerusalém até a crucificação – o que, por si só, foi suficiente para levantar polêmicas nas mídias.

Trata-se de um musical em estilo ópera-rock de Andrew Lloyd Weber – considerado um verdadeiro mestre como compositor de musicais – com texto de Tim Rice e direção brasileira de Jorge Takla. Na trama é possível ver um Jesus Cristo (Igor Rickli) retratado de forma mais humanizada e menos heroica, inserido em um contexto social mais moderno, jovial e embalado pelo rock. Após assistir algum tempo de espetáculo já é possível perceber que a história traz passagens da vida de Jesus encenadas sob o ponto de vista de Judas (Alírio Netto), que na peça se apresenta como um roqueiro rebelde.

O novo e estilizado Judas retratado nos palcos se vê o tempo todo em confronto consigo mesmo, pois, ao mesmo tempo em que nutre um grande carinho por Jesus em razão da amizade duradoura entre ambos, não compreende o motivo de Jesus andar entre marginalizados e corruptos, prevendo um trágico fim para Cristo devido a este comportamento. Judas também se rebela como um ser revoltado pela forma como Jesus se expunha, alegando não entender o motivo de ele ter de passar por todas as provações que passou, enxergando-o como uma grande celebridade prestes a se tornar a maior de todos os tempos.

A peça se destaca pela desenvoltura corporal do elenco, sua envolvente atuação e alguns figurinos encantadores. Não há como não se impressionar com o grande talento do ator Alírio Netto, que se revela tanto em sua excelente voz – a qual chega a um belo e impressionante agudo no momento de cantar o rock – quanto na sua expressão corporal que se sobressai especialmente nos momentos de inconformismo do personagem.

Rickli também se mostra excelente em suas atuações e entonações vocais, formando com Netto uma dupla perfeita devido à interação cênica construída entre ambos, bem à vontade em seus papéis. No papel de Maria Madalena, Negra Li também encanta principalmente os ouvidos da plateia com sua voz brilhante e suave cantando canções em cenas emocionantes da história. Wellington Nogueira é outro ator que se revela brilhante no teatro fazendo o papel de Herodes e que, apesar de aparecer poucas vezes em cena, atua mais que o suficiente para se tornar memorável na mente dos espectadores.

Antes mesmo de sua estreia, Jesus Cristo Superstar foi motivo de protestos e reclamações especialmente por alguns segmentos religiosos que não gostaram da forma como Jesus é retratado no espetáculo, chegando a apontar críticas à forma muito próxima como Cristo e Maria Madalena se relacionam, sugerindo certa sensualidade. Todavia quem assistir ao musical se surpreenderá com estas críticas, que se comprovarão totalmente sem fundamento, já que a peça se resume a mostrar o lado mais humano de Jesus, retratando suas vivências aqui na Terra sob o olhar de um Judas que se revela mais agressivo e polêmico. Nada que desrespeite a história bíblica, mas sim que a transporte para os dias de hoje mostrando Cristo numa sociedade atual cercada por manifestações, corrupção e guerras. 

Por Mariana da Cruz Mascarenhas



segunda-feira, 17 de março de 2014

Philomena


Você seria capaz de perdoar alguém que lhe tirou o seu filho, ainda bebê, causando-lhe um sofrimento interminável por não saber mais o paradeiro dele, mesmo depois de muitos anos? Este é um dos profundos e emocionantes questionamentos que Philomena nos convida a fazer ao nos depararmos com uma sofrível e profunda história sobre até que ponto uma mãe pode ir para reencontrar seu filho.

Baseada numa história real documentada num livro lançado em 2009 pelo jornalista Martin Sixmith, esta trama conta a história de Philomena, uma jovem irlandesa católica (Sophie Kennedy Clark) que, no ano de 1952, se apaixonou por um rapaz e acabou engravidando dele. Mas o conservadorismo e o tradicionalismo fortemente presentes na época não permitiam jamais sexo fora do casamento – muito menos se resultasse em gravidez, o que significaria um grande vexame para as famílias religiosas da grávida, levando muitos pais a abandonar suas filhas dizendo aos demais que ela havia morrido.

Assim ocorre com a protagonista da história que, após ser dada como morta por seus próprios pais, acaba trancafiada num convento junto a diversas outras meninas que vivenciaram a mesma experiência de Philomena e, justamente por isso, são punidas pelas freiras, sendo forçadas a limparem e lavarem durante excessivas horas, tendo o direito de verem seus filhos por apenas uma hora ao dia – isso sem contar que estes bebês nasciam no próprio convento, sem qualquer ajuda médica, também “como castigo pelas meninas serem impuras”, segundo alegavam as irmãs, o que resultava na morte de muitas mães cujos corpos eram enterrados por ali mesmo.

Mas o que Philomena não contava era que, passado um ínfimo tempo do nascimento de seu filho, ele seria levado para bem distante dela pelas próprias irmãs da casa, que vendiam os filhos destas mães solteiras para famílias norte-americanas que estavam em busca de crianças para adoção.
Passados 50 anos, a protagonista (agora interpretada por Judie Dench) já é uma senhora residente em Londres e um pouco fragilizada pela idade avançada, que ainda expressa o mesmo ar sofrível de quando presenciou seu filho sendo levado embora – e não pôde fazer nada por impedimento das próprias freiras que não a deixaram sair dali. Ela então vê novamente a chance de reencontrar seu filho, quando sua filha (Sally Mitchell) conhece um jornalista desempregado, Martin Sixmith (Steve Coogan), que está tentando concluir um livro, cuja história não parece ser tão atraente assim.

Ao saber das experiências vividas por Philomena por meio de sua filha, Martin resolve ajudar a protagonista na busca de pistas que possam levá-las ao seu filho, contando com o patrocínio de uma editora que se vale de histórias cotidianas e o pressiona a documentar tudo em seu novo livro que pretende escrever – o qual, inclusive, é o que originou este filme.

Uma riqueza cênica muito presente nesta trama está no conflito de personagens entre o extremamente racional e calculista jornalista – que também é ateu, o que é visível até mesmo na forma ansiosa em como ele aguarda o desfecho da história de Philomena, apenas preocupado, inicialmente, em escrever uma boa obra que gere audiência – e a protagonista – uma doce senhora que procura colocar Deus à frente de tudo e sempre ver ao menos uma parcela de bondade nas pessoas com quem encontra.  

Este paradoxo presente na dupla principal da trama faz com que os personagens caminhem em paralelo e, à medida que aumentam o grau de envolvimento na descoberta do paradeiro do filho de Philomena, torna-se perceptível uma sinergia entre ambos.

Já a sinergia e também a grande interação entre os atores Judie Dench e Steve Coogan mostram-se excepcionais durante todos os 98 minutos de duração deste filme, dirigido por Stephen Fears, o que permite o sucesso da trama e nos leva a uma identificação com os personagens, gerando uma dúvida: O que será mais válido: dizer tudo o que vem à mente, sem controlar o tom, ou vencer o difícil obstáculo de conceder o perdão a quem nos prejudicou e, assim, sentir-se liberto para sempre?  

Por Mariana da Cruz Mascarenhas 



terça-feira, 4 de março de 2014

“12 Anos de Escravidão” encerra festa do Oscar com estatueta de Melhor Filme

“Gravidade” conquista 7 prêmios, sendo o líder de estatuetas na noite da festa do cinema


Depois de levar o Globo de Ouro, o BAFTA – considerado o Oscar Inglês –, e também o prêmio para filmes independentes norte-americanos, todos na categoria Melhor Filme, não foi surpresa para ninguém o anúncio de 12 Anos de Escravidão como vencedor do Oscar de Melhor Filme. O ator Will Smith foi quem anunciou esta premiação, considerada a mais esperada na noite da 86ª Cerimônia do Oscar, realizada no dia 2 de março de 2014 no Dolby Theatre em Los Angeles, seguida por um belo discurso de agradecimento do ator Brad Pitt, que é o produtor do filme e também fez uma pequena participação na trama, ganhando seu primeiro Oscar.

Com direção de Steve McQueen, o filme também conquistou as estatuetas de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz Coadjuvante para Lupita Nyong’o, que se emocionou no momento de agradecer o prêmio. “Quando eu olho para a estátua dourada, espero que isto lembre todas as crianças pequenas que, não importa de onde você é, seus sonhos são válidos”, discursou a atriz, que é filha de pais quenianos, nascida no México e crescida na África. Na trama, Lupita interpretou brilhantemente uma escrava que sofre os mais atrozes castigos, como chibatadas que chegam a arrancar a pele de suas costas, além dos abusos sexuais cometidos por seu amo.

Um dos fortes motivos que pode ter levado a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas a premiar 12 Anos de Escravidão como o melhor filme está no fato de que não se trata apenas de mais uma produção destinada a explorar o tema da escravidão, mas sim de uma trama que soube retratá-lo de forma como nunca antes vista nos telões, chocando os espectadores com cenas detalhistas e muito mais próximas ao sofrimento coletivo vivido pelos escravos. Sem contar que se trata de uma obra baseada na história real de Solomon Northup – escravo livre do Norte estadunidense que foi sequestrado e levado ao Sul escravagista daquele país, sofrendo as mais diversas crueldades – quem narrou estas experiências em seu livro, que deu origem ao filme.

Gravidade, um dos líderes em indicações ao Oscar, foi quem mais levou estatuetas nesta festa do cinema, sendo premiado nas categorias Melhores Efeitos Visuais, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhor Montagem, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora e Melhor Direção para o mexicano Alfonso Cuarón, primeiro diretor latino-americano a ganhar o Oscar. Mas não podia ser diferente com esta produção – que narra o desespero de dois astronautas que ficam dispersos no espaço depois que o ônibus espacial, onde se encontravam, é totalmente destruído por pedaços de satélite – já que ela se mostra praticamente impecável em termos de som, cenário e efeitos especiais.

Cuarón tem sacadas geniais ao fazer um verdadeiro jogo sonoro num cenário praticamente ausente de som, que é o espaço sideral. É perceptível, por exemplo, a presença absoluta do silêncio para caracterizar ao espectador o momento em que este é levado para dentro da imaginação da protagonista da história, interpretada por Sandra Bullock, que concorreu ao Oscar de melhor atriz, mas perdeu a disputa para Cate Blanchet, quem se destacou em Blue Jasmine, de Woody Allen. Quanto a Trapaça, que também liderou em indicações ao Oscar, este filme acabou não levando nenhuma premiação para casa.

Já os prêmios de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante foram, respectivamente, para Matthew McConaughey e Jared Leto, ambos atuantes do Clube de Compras Dallas – produção que conta a história de um caubói homofóbico e mulherengo que passa a traficar AZT para os EUA, após descobrir que tem AIDS. McConaughey chegou a perder 20 quilos para interpretar o protagonista aidético.

Um dos momentos memoráveis desta cerimônia, especialmente para os brasileiros, foi a aparição da imagem do grande cineasta brasileiro Eduardo Coutinho, morto no ano passado, no telão do Teatro Dolby. O retrato de Coutinho apareceu entre diversas outras fotos de membros da indústria cinematográfica que faleceram em 2013 e foram homenageados pela Academia.

A festa do Oscar foi apresentada pela atriz Ellen DeGeneres, que se mostrou bastante à vontade com a plateia por meio de suas brincadeiras e piadas, ao contrário do que ocorre em muitas cerimônias de anos anteriores, cujos apresentadores se tornam tediosos com suas piadas sem graça e forçadas. Vale destacar ainda a tentativa de maior proximidade do evento com os telespectadores comuns, como nos momentos em que DeGeneres oferece pizza para a plateia de personalidades em pratos de plástico e ainda tira uma foto de seu iPhone – a chamada selfie, espécie de autorretrato – ao lado de diversos outros artistas, para postar em seu twitter, sendo este um dos momentos mais comentados do Oscar nas redes sociais.

Veja a lista completa de ganhadores do Oscar 2014: 

Melhor Filme: 12 Anos de Escravidão
Melhor Ator: Matthew McConaughey  - Clube de Compras Dallas
Melhor Atriz: Cate Blanchett – Blue Jasmine
Melhor Ator Coadjuvante: Jared Leto – Clube de Compras Dallas
Melhor Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong’o – 12 Anos de Escravidão
Melhor Diretor: Alfonso Cuarón – Gravidade
Melhor Roteiro Original: Spike Jonze - Ela
Melhor Roteiro Adaptado: 12 Anos de Escravidão
Melhor Animação: Frozen – Uma Aventura Congelante
Melhor Filme Estrangeiro: A Grande Beleza
Melhor Documentário: A Um Passo do Estrelato
Melhor Documentário de Curta-Metragem: The Lady Number 6: Music Saved
Melhor Trilha Sonora: Steven Price – Gravidade
Melhor Canção Original: “Let it Go” – Frozen – Uma Aventura Congelante
Melhor Figurino: O Grande Gatsby
Melhor Cabelo e Maquiagem: Clube de Compras Dallas
Melhor Curta: Helium
Melhor Curta de Animação: Mr. Hubblot
Melhor Montagem: Gravidade
Melhores Efeitos Visuais: Gravidade
Melhor Fotografia: Gravidade
Melhor Desenho de Produção: O Grande Gatsby
Melhor Edição de Som: Gravidade
Melhor Mixagem de Som: Gravidade 

Por Mariana da Cruz Mascarenhas


domingo, 2 de março de 2014

12 Anos de Escravidão


Depois de levar o Globo de Ouro na categoria Melhor Filme Dramático e ter conquistado também o prêmio da Academia Britânica de Artes e Televisão do Cinema, o BAFTA, considerado o Oscar inglês, como Melhor Filme, 12 Anos de Escravidão vem sendo a principal aposta para encerrar com chave de ouro a grande cerimônia do Oscar que acontece neste domingo (2), levando o maior número de estatuetas, incluindo Melhor Filme. Com nove indicações ao Oscar, esta produção fica atrás apenas de Gravidade e Trapaça, com dez indicações cada uma.

A principal “arma” usada para tamanha repercussão desta trama? Abordar um tema histórico, baseado em fatos reais, e que sempre acaba mexendo com o emocional de muitos espectadores: a escravidão.  Ressalve-se aqui não se tratar apenas de mais uma produção destinada a contar a triste história de muitas vítimas da escravidão negra, de modo a ofuscar importantes detalhes que, embora pesados, se fazem necessários para conferir ao público melhor dimensão de uma trágica realidade vivida em tantas senzalas espalhadas pelo mundo.

O filme 12 Anos de Escravidão vai muito além de uma retratação cinematográfica mais contida do sofrimento coletivo vivido pelos escravos, ao mostrar intensamente – e ainda assim pode ser considerada uma pequena amostra – as brutalidades impostas diariamente aos negros e também uma realidade não muito discutida nas aulas de História: o sequestro de negros livres, do Norte desenvolvido dos Estados Unidos, para o Sul latifundiário e escravagista daquele país.

Dirigido por Steve McQueen, a trama é baseada no livro homônimo publicado em 1853 pelo protagonista dessa história, Solomon Northup (interpretado por Chiwetel Ejiofor) um negro nascido livre e que vivia com a mulher e os filhos em Nova York até ser chamado por dois supostos empresários, num determinado dia, para tocar violino em um circo. Animado com a proposta, ele se despede de sua família e parte para Washington sem imaginar o grande pesadelo real que o aguardaria então. Depois de algumas apresentações na cidade, Solomon acaba sendo preso num porão pelos dois falsos empresários e, tempos depois, é enviado para o Sul, onde passará por alguns donos de escravos que o tratarão como um mero objeto.

O sofrimento do protagonista, que se inicia desde o momento em que ele vai parar no porão pelos dois homens que o enganaram – sendo ali mesmo acorrentado e apanhando a pauladas e chibatadas, que chegam a rasgar toda a sua pele na região das costas – vai ganhando contornos cada vez mais pesados e dramáticos ao decorrer da trama, a fim de impactar o público dando uma impressão mais realista deste período.

Há momentos de tirar o fôlego, como a cena em que Solomon se vê obrigado a açoitar as costas nuas de sua colega, a escrava Patsey (Lupita Nyong'o), que já havia implorado a ele que lhe tirasse a vida em razão das humilhações sofridas por ela, entre elas ser objeto sexual de seu amo, Edwin Epps (interpretado genialmente pelo ator Michael Fassbender) e, em razão disso, motivo de ódio da mulher dele (Sarah Paulson), que deixava a pobre escrava muitas vezes sem comer e tomar banho, sem contar outras agressões.

A atriz Lupita Nyong’o consegue arrancar lágrimas e gemidos de desespero da plateia na ótima incorporação de toda a brutalidade sofrida por sua personagem, que pode chegar a ir além do que supomos sobre essa época. Lupita concorre ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, prometendo deixar ainda mais acirrada a disputa por essa estatueta, ao lado, por exemplo, da famosa Jennifer Lawrence, que detonou em Trapaça. Entre todas as indicações, o filme ainda concorre ao Oscar nas categorias Melhor Filme, Melhor Ator (Chitewel Ejiofor) e Melhor Diretor (Steve McQueen).

Não é apenas uma produção cinematográfica, mas uma peça histórica tal, que fará parte do curriculum das escolas da rede pública dos Estados Unidos, segundo o site The Film Stage. Em parceria com os produtores, a National School Boards Association, uma organização sem fins lucrativos formada por 90 mil membros de 13.809 distritos escolares, o filme e o livro atingirão 50 milhões de alunos, conforme desejo manifestado por MCQueen. "12 Anos de Escravidão é um dos trabalhos mais impactantes dos últimos tempos e estou honrado por ter conseguido maximizar o seu potencial educativo. Ao destacar um período vergonhoso na história americana, este longa vai fazer com que os estudantes tenham o desejo de não repetir os males do passado e os inspirará a sonhar com um futuro melhor", afirmou Montel Williams, líder do projeto. 

Existe apenas um grande pecado cometido nesta produção que pode ser a pedra no sapato para que ela encerre a festa do Oscar com a estatueta de melhor filme: a passagem do tempo que não é refletida nos personagens, de modo que o público somente chega a se dar conta de 12 anos passados nos minutos finais do filme, que acabam sendo tão emocionantes e fortes, ao mesmo tempo, que o tal defeito pode passar despercebido por alguns espectadores, mas não pelos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Agora é esperar para ver!

Por Mariana da Cruz Mascarenhas