domingo, 3 de outubro de 2010

Wall Street, o dinheiro nunca dorme


Depois do drama clássico de 1987, a continuação de Wall Street vem para essa nova edição, acompanhando o estouro da bolha econômica nos Estados Unidos em 2008, que gerou uma das maiores crises financeiras das últimas décadas, afetando economias do mundo todo. Na produção, Michael Douglas é Gordon Gekko, um ex-presidiário que havia sido condenado por fraude e após sair da cadeia em 2001, tenta reorganizar sua vida e vem nos últimos anos dando palestras referentes ao lançamento do seu livro, que questiona o poder da ganância.


Outro grande personagem de destaque é o corretor de valores Jake Moore - interpretado por Shia LeBeouf - que precisa aprender a trabalhar com seu ganancioso chefe, o qual não vê limites para lucrar, mesmo nos momentos de intensa crise financeira. Para lidar com a situação, ele vai contar com a ajuda de Gekko, pai de sua namorada Winnie - papel de Carey Mulligan - com quem o palestrante tem uma complicada relação, devido a acontecimentos passados que revoltaram a garota.


Por trás de demoradas e enroladas cenas de negociações financeiras, que chegam até mesmo a confundir os espectadores sobre a ideia trazida das instituições financeiras, existe o pequeno conflito, que aos poucos ganha destaque, da relação entre pai e filha. Durante a trama, o corretor tenta a todo o custo fazer com Winnie perdoe o seu pai, quem ela considera extremamente ganancioso, materialista e egoísta.


Dirigido por Oliver Stone, o filme vale pela interpretação de Michael Douglas, Carey Mulligan e Shia Le Beouf que deixam no ar a dúvida, se a ganância sem limites realmente vale a pena.

Nosso Lar


O filme é uma produção baseada na obra psicografada por um dos maiores médiuns da história do espiritismo. Trata-se de Francisco Cândido Xavier, conhecido mundialmente por Chico Xavier que chegou a psicografar mais de 90 livros. Nosso Lar narra a história do médico André Luiz, interpretado por Renato Prieto, que após se desencarnar deste mundo, vai parar em um lugar vazio, cercado por trevas e escuridão, chamado de Umbral, uma espécie de purgatório para onde vão as almas que não se arrependeram de seus pecados.


Após uma intensa reflexão, o médico é retirado do Umbral e levado a um plano espiritual para que ele possa curar suas feridas da alma, enquanto procura compreender o verdadeiro significado da vida após a morte. Visto por mais de 3 milhões de espectadores em apenas um mês de exibição, a trama vale mais pelas mensagens trazidas implicitamente, do que pela cenografia, já que o filme mostra uma concepção extremamente futurística e exagerada sobre como seria o outro lado desconhecido, sem se basear em qualquer preceito para tal definição.


O público alvo (e também muitos simpatizantes da religião espírita), certamente se envolverá do começo ao fim com os ensinamentos trazidos pelo espiritismo, sem se preocupar com a ligação do cenário aos conceitos espíritas. De qualquer forma, essa obra do Chico Xavier que atraiu um número significativo de leitores e agora de espectadores ao migrar para as telas do cinema, mostra a grande empatia do brasileiro pelos assuntos que tratam da vida após a morte.