domingo, 17 de julho de 2011

Cilada.com


Depois de se destacar na comédia nacional com o seriado Cilada, exibido no canal Multishow, o ator Bruno Mazzeo vem para os telões vivendo atrapalhadas confusões, da mesma forma como ocorre na série de TV.

Se no seriado, as histórias se desenvolvem de forma previsível ganhando algumas cenas momentâneas, que surpreendem de maneira bem leve os espectadores com um ou outro desenrolar diferencial acrescido de humor, o filme Cilada.com praticamente não se difere da situação exposta ao trazer um roteiro desprovido de muitas surpresas e que apenas trabalham o gênero com uma série de piadas excessivas e prolongadas.

Mazzeo, que vive o protagonista da trama, também acaba por não colaborar muito com a inovação do filme, já que ele apenas vive o conflito traçado no roteiro sem experimentar uma interpretação mais aprofundada de seu personagem, ao contrário de muitos comediantes que tomam o roteiro apenas como uma premissa para que possam mergulhar no papel, experimentando novas características que contribuam para preencher a produção.

O filme narra a história de Bruno (Bruno Mazzeo), que tem a sua reputação destruída após trair a namorada (Fernanda Paes Leme), que, revoltada, resolve se vingar e publicar um vídeo no Youtube para que todos possam ver o péssimo desempenho sexual de seu namorado, que sofre de ejaculação precoce. Após se tornar um fácil alvo de inúmeros tipos de piadas entre os internautas de todo o país, ele parte em busca de uma solução para o problema: encontrar uma garota com quem ele possa ter uma transa perfeita, gravá-la e publicar na internet a fim de reconstruir a sua péssima imagem.

A partir daí ele passa por uma série de conturbadas confusões para cumprir sua missão. Dirigido por José Alvarenga Jr, o filme se reproduz nos moldes semelhantes aos do seriado, com as mesmas piadas, que parecem ter sido esticadas para preencherem o tempo de um longa, tornando-se desta forma repetitivas.

Por Mariana Mascarenhas

sexta-feira, 8 de julho de 2011

X-men: Primeira Classe


Depois de quatro produções lançadas no cinema, o quinto filme da série X-men convida o público a voltar no tempo e descobrir o passado longínquo dos personagens Charles Xavier (James McAvoy) e Erik Lensherr (Michael Fassbender), o Magneto, e como eles se conheceram.
Dirigido por Matthw Vaughn (de Kick-ass), X-men – Primeira classe se diferencia de muitos filmes que adoram entreter os espectadores com os famosos heróis dos quadrinhos Marvel e, no entanto, deixam a desejar por caírem na mesmice e serem acompanhados de uma infinidade de
ações supérfluas e desnecessárias.

No entanto, Vaughn acerta em cheio na quinta produção da série ao fazer com que a história vivida pelos personagens ganhe dinamismo e seja envolvente do começo ao fim agregando tecnologia e conteúdo.

O filme começa narrando cenas da infância dramática do personagem Magneto que teve de lidar com o assassinato da mãe na frente dos seus próprios olhos pelo malvado alemão Sebastian Shaw (Kevin Bacon), na época da II Guerra Mundial, pelo fato do menino não ter conseguido demonstrar seus poderes fora do comum. No entanto, a tragédia que se segue desperta nele uma fúria incontrolável que o revela extremamente poderoso. Desde então, ele segue uma incessante busca pelo assassino de sua mãe a fim de liquidá-lo de vez.

Passam-se os anos, o personagem cresce e, na contínua busca por seu alvo, acaba cruzando o caminho do Professor Xavier que também almeja encontrar Shaw para impedi-lo de promover uma III Guerra Mundial, em que os mutantes dizimariam os seres humanos comuns. A partir de então, o professor se junta com Magneto e mais um grupo de alunos mutantes, com as mais variadas e estranhas habilidades, na missão de derrotar o perigoso alemão.

Com uma duração aproximada de 130 minutos, o filme soube trabalhar bem o desenrolar de conflitos entre os personagens, principalmente com a ajuda dos excelentes atores McAvoy e Fassbender, e vem para mostrar que nem sempre os filmes, baseados nas aventuras vividas pelos heróis em quadrinhos, são desprovidos de uma história mais envolvente se tratando apenas de ação.

Por Mariana Mascarenhas