segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tron: o Legado


Depois da produção lançada em 1982, que inovou o conceito de efeitos visuais ao usar a computação gráfica, Tron: o Legado volta este ano para os telões dando sequência a trama, depois de 28 anos da primeira estreia.


Dirigido por Joseph Kosinski, o filme narra a história de Kevin Flyn (Jeff Bridges ), um engenheiro de software que um dia desaparece sem dar notícias deixando seu filho, Sam Flynn (Garrett Hedlund), de sete anos, aos cuidados dos avós.


O mistério do desaparecimento é revelado anos depois quando Sam está com 27 anos, e, após receber um sinal do antigo escritório de Kevin Flyn , vai parar dentro de um universo cibernético, onde ele acaba reencontrando seu pai e, a partir daí, terá que enfrentar com ele verdadeiros “gladiadores virtuais” em uma batalha de efeitos visuais, a fim de voltarem ao mundo real e impedir que os chamados “vilões cibernéticos” estabeleçam a perfeição virtual sobre tudo o que existe, inclusive no mundo real.


O impacto produzido na produção de 1982 parece não se repetir com tanta ênfase na atual. A inovação, trazida pelos efeitos visuais, não teve um grande diferencial representando apenas mais uma série de efeitos técnicos entre inúmeros outros, vistos nos famosos filmes que estão cada vez mais preocupados em produzir tecnologia do que investir na construção dos seus personagens.


O efeito 3D, que não só tomou conta dos telões como invadiu a casa dos espectadores e rendeu grandes sucessos de bilheteria como Avatar, quase não ganha destaque em Tron: o Legado, onde o ápice ocorre nas pouquíssimas cenas em que os personagens saltam pelo espaço virtual.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A rede social



Do mesmo diretor de O curioso caso de Benjamim Button, A rede social não possui o mesmo clima fictício retratado no primeiro, mas, também é uma grande produção de David Fincher que envolve a plateia do começo ao fim, através da história do criador do Facebook. Trata-se de Mark Zuckerberg que, com apenas 19 anos, criou a mais famosa rede social dos últimos tempos, e hoje, com 26 anos, é o mais jovem bilionário americano.


O filme começa no ano de 2003, retratando o momento em que Zuckerberg (Jesse Eisenberg)tem uma discussão com sua namorada e ela acaba terminando tudo por conta do jeito arrogante e extremamente egoísta dele. Decepcionado, ele se conforta no que mais está habituado a fazer: isolar-se em seu quarto, na universidade de Harvard, para vasculhar a vida alheia em meio as suas brilhantes ideias de montar redes sociais com fotos de seus colegas, sempre acompanhado de uma bebida.


Depois de causar o maior alvoroço na universidade, ao fazer uma brincadeira virtual com as garotas do campus, três jovens, incluindo os gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, se surpreendem com a sua mente brilhante e resolvem chamá-lo para, juntos, criar uma rede social com o propósito de estabelecer novas amizades e, principalmente, relacionamentos amorosos. Felizes com a aceitação de Zuckerberg, eles mal sabem que os planos do garoto eram outros: juntamente com o seu amigo de quarto, o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), ele cria o thefacebook.com, que mais tarde se torna o Facebook e reúne mais de 500 milhões de membros .


A ambição de Zuckerberg é tão grande que ele usa a sua genialidade para se registrar como o único fundador do Facebook e acaba sendo, mais tarde, processado por Saverin e os gêmeos que o acusam de ter roubado a ideia deles, mas na verdade ele nunca havia criado nada com os Winklevos .


O filme peca, apenas por oscilar tanto, entre os momentos em que o criador do Facebook é processado pelos colegas e os momentos das cenas que mostram detalhadamente toda a história de como surgiu a ideia de criação da rede social que revolucionou a internet, através de uma retrospectiva, deixando de valorizar uma maior linearidade do acontecimento dos fatos. Porém, a interpretação de Jesse Eisenberg é tão envolvente, que leva o público a confundir o personagem com o Mark Zuckerberg real e a pensar que tudo está realmente acontecendo naquele momento. Também vale ressaltar a grande atuação de Justin Timberlake no papel de Sean Parker, o criador do site de músicas Napster, que se desprende totalmente do ícone pop, para dar vida ao seu personagem.


A rede social é um dos filmes mais comentados do ano e já foi considerado um dos dez melhores de 2010. Vale a pena conferir e descobrir como é impossível conseguir 500 milhões de amigos sem conquistar alguns inimigos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Harry Potter e as relíquias da morte - Parte 1


Esta pode ser considerada uma das melhores produções de todas as sete já filmadas, baseadas nas obras literárias de J.K Rowling. Tal classificação se deve pelo quesito interpretação que, neste ano, trouxe muito mais peso dramático a todos os personagens. Agora, fica extremamente claro que Harry, Rony e Hermione deixaram de vez sua infância para enfrentar os conflitos da vida adulta em paralelo com a grande batalha final que se aproxima entre o jovem bruxo e Voldemort, a qual vem há muito tempo sendo aguardada ansiosamente pelos fãs.

Mas, eles ainda terão de esperar até julho do ano que vem para o conflito final, pois, a primeira parte do sétimo filme, dirigido por David Yates, é apenas uma premissa de muita bruxaria que ainda virá. Na trama, Harry e seus amigos saem em busca das horcruxes para derrotar Lord Voldemort e ainda enfrentar uma série de situações inesperadas que dão toques de ação ao filme.
Apesar de alguns admiradores do bruxo terem reclamado de detalhes revelados no livro que, simplesmente desapareceram nos telões, o contexto da história não se compromete e a grande atuação dos atores acaba por centralizar a atenção de muitos espectadores.

Daniel Radclife, que interpreta o protagonista Harry Potter, é o maior destaque da trama, apesar de algumas vezes a atriz Emma Watson, que interpreta a bruxa Hermione, roubar a cena com a esperteza e agilidade de seu personagem, na hora de tomar decisões que Harry nem sequer imaginaria para se proteger. Radclife traz para os telões um Harry mais tenso, dramático e com emoções internas muito fortes, prestes a explodir a qualquer momento em virtude do ódio que Voldemort tem por Harry o que acaba sendo transmitido a ele através da horcrux que o jovem bruxo carrega consigo.

Mesmo quem não admira muito as confusões que rolam entre os não-trouxas de Londres e principalmente com Potter, o escolhido para matar aquele-que-não-deve-ser-nomeado, deve conferir a penúltima parte da saga para ver a tamanha evolução que os personagens sofreram. Porém, muitos segredos ainda não serão revelados neste primeiro momento, por isso é melhor que os fãs controlem seus nervos até que a última parte chegue aos telões.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

SENNA



Com cenas emocionantes exibidas ao longo do documentário, “Senna” encanta até mesmo aqueles que foram acompanhar a carreira do piloto nos telões, mais por curiosidade do que pelo carisma de fã, mas certamente acabaram se envolvendo com os momentos de tensão e alegria vividos pelo ídolo brasileiro. A forma como a biografia de Ayrton Senna (1960 – 1994) é contada ganha certo distanciamento do formato de documentário habitual e recebe verdadeiros toques cinematográficos que transformam os vídeos verídicos do piloto correndo nas pistas em um verdadeiro “filme de ficção”, sem material fictício.


Dirigido pelo inglês Asif Kapadia, o documentário centraliza a atenção dos espectadores na mistura de emoções que o ídolo viveu nas pistas e foca principalmente as barreiras que teve de enfrentar para se tornar o tri-campeão mundial de Fórmula-1, como a forte rivalidade existente entre ele e o francês Alain Prost que não mediu esforços para tentar derrotar o mais novo piloto brasileiro que acabara de chegar, naquela época, e em pouco tempo havia se tornado o melhor do mundo. Fatos ligados a vida pessoal de Senna são deixados de lado, com exceção de algumas cenas que mostram o piloto com as namoradas Xuxa e Adriane Galisteu, mas que podem ser consideras apenas flashbacks sem muita relevância para o documentário.


Outro fator que contribui para que a história de Ayrton Senna exibida nos telões se assemelhe a de um filme é que todas as narrações, feitas de pessoas que foram próximas dele, sobre sua vida e carreira foram gravadas em off acompanhadas das emocionantes imagens de sua trajetória profissional até o dia de sua trágica morte em 1994. Fator esse que acaba por atrair bem mais a atenção do público do que em um simples documentário que muitas vezes interrompe uma sequência de imagens para mostrar as fontes que narram uma determinada história.


“Senna” estreou em 12/11/10 e certamente vai emocionar muita gente independente de ser ou não fã do maior piloto de F1 que o Brasil já teve.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro



Sendo raras as vezes que uma produção do cinema nacional tem chances de dar continuidade a história, Tropa de Elite 2 rompe essa barreira levando mais de um milhão de espectadores aos cinemas só nos três primeiros dias de sua estreia.


Contando com a escalação de um grande elenco, além é claro dos atores que já brilharam no primeiro filme e se superaram no segundo, Tropa de Elite 2 se destaca por conseguir o que poucos filmes conseguiram: dar continuidade ao enredo de forma que ele se destaque mais do que o primeiro. Mas o longa dirigido por José Padilha se inclui nesta categoria mostrando quem realmente são os responsáveis pela corrupção e a violência que estão espalhados pelas comunidades do Rio de Janeiro.


O tenente-coronel (no primeiro filme, capitão), Nascimento, interpretado com muito mais peso e drama emocional do que no primeiro filme, por Wagner Moura, é obrigado a deixar o cargo por uma falha cometida pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e se torna secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro. É a partir deste momento que ele começa a perceber que os policiais e políticos corruptos são os seus verdadeiros inimigos e para poder provar que há algo de muito podre no “sistema”, ele vai ter que agir de cabeça erguida e sem olhar para os lados, pois está totalmente cercado por adversários.


Se Wagner Moura ascendeu muito em sua carreira artística com Tropa de Elite, para esta nova produção ele atinge o auge da interpretação já que desta vez todo o preparo cênico envolve uma interiorização dramática que traz o desgaste do personagem diante dos conflitos vividos por ele. O envolvimento de Moura com as cenas ocorre de tal forma que torna até mesmo dispensável algumas narrações feitas durante as filmagens, pois sua intensa interpretação dispensa comentários ao passar tudo o que ocorre através de sua imagem.


A excelente atuação de todos os atores deixa a trama ainda mais envolvente como é o caso do personagem coadjuvante Besouro, interpretado por Irandhir Santos, que acaba por roubar a atenção em várias cenas. Não deixe de conferir essa grande produção e ver quem realmente é o inimigo que contamina o país.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Gaiola das Loucas

Baseada no musical que estreou na Broadway em 1983, Gaiola das Loucas foi adaptada para a versão brasileira por Miguel Falabella, um dos protagonistas da peça ao lado de Diogo Vilela. O musical conta a história de Georges (Falabella), um proprietário de um cabaré que é casado há 20 anos com Zazá (Vilela), a grande estrela transformista da boate. Altas e engraçadíssimas confusões se formam a partir do momento em que o filho de Georges, Jean Michel, interpretado por Davi Guilherme, e que foi criado pelo dois desde pequeno, resolve se casar com a filha de um homem conservador, presidente do PTFM (Partido da Família, Tradição e Moralidade) disposto a acabar com todos os homossexuais da região.

O auge da diversão ocorre quando Jean tenta convencer George a se passar por um heterossexual para se apresentar ao pai da garota e a transformista Zazá, conhecida como Albin fora dos palcos, também decide entrar na brincadeira se passando pelo tio do garoto. Até o mordomo que acredita ser uma criada e quer se apresentar no cabaré tem que virar macho.

O musical conta com um elenco de 25 atores e 14 músicos, 40 trocas de cenários e 300 figurinos. Com produção e coreografias excelentes, Falabella e Vilela tomam a cena em vários momentos sendo impossível dizer qual dos dois se destaca mais. Tanto um quanto outro estão totalmente entregues a seus personagens e a forma como eles lidam com tudo que se desenrola em cena leva realmente os espectadores para dentro do cabaré Gaiola das Loucas. Vale muito a pena dar altas gargalhadas com as confusões que se passam e conferir o grande preparo cênico desta excelente dupla de protagonistas que se apresentam no Teatro Bradesco.


domingo, 3 de outubro de 2010

Wall Street, o dinheiro nunca dorme


Depois do drama clássico de 1987, a continuação de Wall Street vem para essa nova edição, acompanhando o estouro da bolha econômica nos Estados Unidos em 2008, que gerou uma das maiores crises financeiras das últimas décadas, afetando economias do mundo todo. Na produção, Michael Douglas é Gordon Gekko, um ex-presidiário que havia sido condenado por fraude e após sair da cadeia em 2001, tenta reorganizar sua vida e vem nos últimos anos dando palestras referentes ao lançamento do seu livro, que questiona o poder da ganância.


Outro grande personagem de destaque é o corretor de valores Jake Moore - interpretado por Shia LeBeouf - que precisa aprender a trabalhar com seu ganancioso chefe, o qual não vê limites para lucrar, mesmo nos momentos de intensa crise financeira. Para lidar com a situação, ele vai contar com a ajuda de Gekko, pai de sua namorada Winnie - papel de Carey Mulligan - com quem o palestrante tem uma complicada relação, devido a acontecimentos passados que revoltaram a garota.


Por trás de demoradas e enroladas cenas de negociações financeiras, que chegam até mesmo a confundir os espectadores sobre a ideia trazida das instituições financeiras, existe o pequeno conflito, que aos poucos ganha destaque, da relação entre pai e filha. Durante a trama, o corretor tenta a todo o custo fazer com Winnie perdoe o seu pai, quem ela considera extremamente ganancioso, materialista e egoísta.


Dirigido por Oliver Stone, o filme vale pela interpretação de Michael Douglas, Carey Mulligan e Shia Le Beouf que deixam no ar a dúvida, se a ganância sem limites realmente vale a pena.

Nosso Lar


O filme é uma produção baseada na obra psicografada por um dos maiores médiuns da história do espiritismo. Trata-se de Francisco Cândido Xavier, conhecido mundialmente por Chico Xavier que chegou a psicografar mais de 90 livros. Nosso Lar narra a história do médico André Luiz, interpretado por Renato Prieto, que após se desencarnar deste mundo, vai parar em um lugar vazio, cercado por trevas e escuridão, chamado de Umbral, uma espécie de purgatório para onde vão as almas que não se arrependeram de seus pecados.


Após uma intensa reflexão, o médico é retirado do Umbral e levado a um plano espiritual para que ele possa curar suas feridas da alma, enquanto procura compreender o verdadeiro significado da vida após a morte. Visto por mais de 3 milhões de espectadores em apenas um mês de exibição, a trama vale mais pelas mensagens trazidas implicitamente, do que pela cenografia, já que o filme mostra uma concepção extremamente futurística e exagerada sobre como seria o outro lado desconhecido, sem se basear em qualquer preceito para tal definição.


O público alvo (e também muitos simpatizantes da religião espírita), certamente se envolverá do começo ao fim com os ensinamentos trazidos pelo espiritismo, sem se preocupar com a ligação do cenário aos conceitos espíritas. De qualquer forma, essa obra do Chico Xavier que atraiu um número significativo de leitores e agora de espectadores ao migrar para as telas do cinema, mostra a grande empatia do brasileiro pelos assuntos que tratam da vida após a morte.

sábado, 25 de setembro de 2010

Gypsy



Dirigida por Charles Möeller e Claudio Botelho, Gypsy é uma adaptação do musical que estrelou na Broadway em 1959. A trama narra a história de Rose, uma mãe disposta a fazer de tudo para ver sua filha brilhar nos palcos. No entanto, a medida que o tempo passa sua ambição continua, e ela não percebe que sua menina, na verdade já é quase uma mulher e não quer mais fazer as vontades da mãe, pois ela amadureceu e quer viver essa nova fase da vida e por isso acaba fugindo.


Após a fuga, a mãe passa a depositar todos os seus desejos na outra filha, interpretada por Adriana Garambone, que realiza os mais inusitados papéis para conseguir sucesso até se tornar a stripper Gypsy Rose, em um ato desesperado, para conquistar a tão sonhada fama que sua mãe lhe desejara e também ajudar a pagar as despesas da casa.


A briga constante entre mãe e filha por conta da forte influência da primeira está claramente explícita na peça. Composto por 38 atores, 18 trocas de cenário e 140 figurinos, o musical investe mais na atuação do que nos elementos de palco, principalmente quando se trata da incrível atuação de Totia Meireles, que acaba por roubar a atenção dos demais atores em muitos momentos da peça. Acredito até mesmo, que o musical ganha um toque especial com a forte dramatização que ela confere ao papel de mãe com personalidade extremamente forte.


Vale a pena conferir essa grande produção que permanece em cartaz no teatro Alfa até 17 de outubro.

terça-feira, 27 de julho de 2010

À prova de morte


Depois do grande sucesso de Bastados Inglórios, o diretor Quentin Tarantino vem mais uma vez com diálogos inteligentes e bem trabalhados acompanhados por momentos de suspense e ação que surpreendem os espectadores.


Em À Prova de Morte, Kurt Hussel intepreta o dublê Stuntman Mike que a princípio não assusta, mas logo em seguida já mostra sua verdadeira personalidade: através de seu potente e apavorante carro, preparado para enfrentar qualquer colisão, ele segue uma busca incessante por quatro garotas baladeiras que param em um bar para beber, disposto a persegui-las e matá-las com sua incrível arma, ou melhor, com seu Chevy Nova modelo 1970.


Já em um segundo momento da trama, a situação muda de contexto e o suspense que vinha até então marcando presença nas cenas, acaba se transformando em grandes doses de ação que prendem o folêgo do público e agrada principalmente aos fãs de Tarantino que curtem essa transformação. Além disso essa grande produção se destaca pelos diálogos intensos que ganham um certo tom teatral, com piadas internas que agradam ao público por fazer com que ele acredite na situação, através de sua expressividade e naturalidade.


Tarantino acerta novamente no investimento dos atores, que por si sós, conduzem todo o filme, fazendo grandes refêrencias aos verdadeiros clássicos do cinema de ação e suspense, que depositavam toda a fórmula do sucesso no estilo de interpretação dos maiores artistas cinematográficos da época.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os filhos da mãe Joana


Em forma de Stand Up - um dos gêneros de comédia teatral que mais ganhou destaque ultimamente, por trazer aos palcos atores que interagem com a plateia através de piadas, dinamismo e brincadeiras - Os Filhos da Mãe Joana desperta altas risadas com textos bem elaborados, mas que talvez possam ser mais explorados na interpretação.


Com um elenco fixo composto de cinco humoristas que se apresentam todos os sábados as 23:00 horas no teatro Juca Chaves, o grupo também conta com a atuação de diferentes atores de Stand Up Comedy, que são convidados a se apresentar. Este sábado (17 de julho de 2010) marcou a estreia nos palcos de um dos maiores humoristas de rádio, conhecido como Barthô, integrante do programa de grande sucesso na rádio Metropolitana: Chupim, que já existe há 12 anos.


Com o teatro lotado, Barthô foi o destaque da noite por seu dinamismo e capacidade de interação com o público que se empolgou desde o momento de sua entrada no palco. Com duração aproximada de 70 minutos, podendo variar para mais ou para menos, já que boa parte da peça ocorre na base do improviso, vale a pena conferir Os Filhos da Mãe Joana que conta com momentos bem engraçados.








sábado, 17 de julho de 2010

Toy Story 3


A Pixar acerta novamente na produção do terceiro filme - que certamente pode ser considerado o mais criativo da série - ao explorar ao máximo as aventuras vividas pelo caubói Woody e seus compaheiros inseparáveis - brinquedos com aspectos humanos. Diferente de muitas tramas que acabam por enjoar o público com inúmeras continuações apresentanto os mesmos conflitos e mudando apenas o cenário, ou às vezes nem isso, Toy Story revela sucessivas surpresas em suas três produções.


Esta última acaba por fechar com chave de ouro através de um incrível desfecho muito bem explorado, que ao seguir um trajeto, acaba no final do filme, tomando outro rumo que prende a atenção da plateia, principalmente dos mais fanáticos pelo simpático cauboy e também pelo Astronauta Buzz que arranca altas risadas durante o filme.


Dessa vez, o garoto Andy, já com 17 anos, vai para a faculdade, e precisa resolver o que fazer com todos os brinquedos que marcaram a sua infância. No entanto, devido a um engano cometido pela sua mãe, eles acabam indo parar em uma creche, onde encontram um urso que de fofo não tem nada e acaba fazendo com que eles fiquem em uma sala cheia de crianças pequenas que cometem todo tipo de violência com Woody e sua turma, os quais se veem obrigados a enfrentar altos problemas para sair dessa.


Dirigido por Lee Unkrich, Toy Story 3 é voltado para um público mais adulto, até porque os pequenos que vêm acompanhando nos telões desde a primeira trama já são os crescidinhos que assitem hoje. Mas sem dúvida é um filme que encanta todas as idades.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Príncipe da Pérsia: As areias do tempo


Dirigido pelo inglês Mike Newell, de Harry Pottter e o Cálice de Fogo(2005), Amor nos tempos do Cólera (2007) e O Sorriso de Mona Lisa (2003), Príncipe da Pérsia consegue centrar a atenção dos espectadores mas sem a devida dramatização e intensidade para que se possa acreditar que a história realmente se passe na região equivalente a antiga Pérsia com a caracterização física e emocional da época.


A história traz as aventuras vividas pelo príncipe Dastan (Jake Gyllenhaal - O Segredo de Brokeback Mountain), órfão e filho adotivo do rei Sharaman que o acolhe quando criança por sua coragem e bravura, para viver no palácio juntamente com os dois filhos legítimos do soberano. Com o passar dos anos, Dastan - já crescido e agora interpretado por Gyllenhaal - se envolve em uma armadilha e acaba sendo acusado de assassinar o pai. Para que o problema seja resolvido, Dastan terá que passar por uma série de situações envolvendo uma importante adaga que tem o poder de voltar no tempo.


Com um cenário digital, o filme vale pela interpretação dos personagens (que conseguem viver muito bem a situação mas sem o peso devido da época) e pelo desenrolar de ações que acabam por prender a atenção.

domingo, 20 de junho de 2010

Cinema

Montada pela Sutil Cia de Teatro, a peça traz o conflito de espectadores dentro de uma sala de cinema com um toque exagerado para cada situação vivida que junto com um excelente jogo de expressão corporal mantém os olhos do público presos ao palco que mais parece um espelho diante da plateia, pois afinal o cenário é composto de poltronas que acomodam os personagens altamente influenciados pelos filmes vistos no telão, este fica por conta da imaginação da plateia de Cinema.

Mas para os espectadores da peça, não há motivo para se preocupar já que não é necessário nem ao menos se esforçar para descobrir a história que se passa de acordo com o áudio (na maioria das vezes em inglês) que faz referência a reprodução dos diversos "filmes" nacionais e internacionais sendo que as cenas passadas deixam claro através da interpretação dos atores a intensidade, a emoção e o gênero da suposta trama rodada.

Cinema tem um nível de apelação para o instinto interno de cada personagem, uma vez que eles trazem uma reprodução exagerada das emoções passadas através do que eles veem e ao mesmo tempo pode fazer parte dos espectadores que vão ao cinema e se envolvem com a trama internamente.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Rei e Eu


Do mesmo diretor de My Fair Lady e West Side Story, Jorge Takla parece mais uma vez acertar nesta superprodução com um cenário impecável que leva a plateia aos primórdios da era Oriental. O musical é composto por setenta atores e vinte e dois músicos com cenas surpreendentes desde o começo até o final da peça. A cada nova troca de cenário uma surpresa e uma nova emoção tomam conta dos espectadores.


O Rei e Eu é baseado no romance Anna e o Rei Sião de Margaret Landon que estreou na Broadway em 1951 e se passa em Sião, atual Tailândia. O musical traz a história do rei da região (interpretado por Tuca Andrada que realmente mostra um talento para musicais), que teve sessenta filhos com as dezenas de mulheres de Sião, e em busca de algúem para educar todos os seus herdeiros contrata uma professora inglesa (Claudia Netto) que acaba se envolvendo com o rei.


Com um cenário e uma atuação deslumbrantes, a peça também vale pelo figurino impecável totalmente dotado de características orientais.


terça-feira, 1 de junho de 2010

O Som da Motown


Para quem passou por momentos marcantes, influenciados pelas músicas dos grandes astros da gravadora Motown nas décadas de 60, 70 e 80, com certeza se emociona ao relembrar os velhos tempos através deste espetáculo. E para quem não é da época e pouco ouviu falar da gravadora se comove mesmo assim.


No palco, as cantoras Simone Centurione, Thalita Pertuzatti, Elen Wilson, Alcione Marques e Débora Pinheiro dão um verdadeiro show em músicas inesquecíveis de artistas que moveram gerações como Stevie Wonder, Marvin Gaye e o rei da música pop, Michael Jackson, que iniciou sua carreira na Motown.


São 90 minutos com 21 canções que levam a plateia para as antigas pistas de dança. Um dos momentos marcantes do show é o dueto que a cantora e atriz Simone Centurione faz com o Michael Jackson adolescente, projetado em um telão cantando a música Ben.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cats


São Paulo parece mesmo estar se tornando a cidade das produções musicais, claro que não como ocorre na Broadway, mas é de se elogiar o grande aumento destes espetáculos na capital. E todas estas produções parecem realmente estar a altura da Broadway. É o caso do espetáculo Cats que atualmente se encontra em cartaz no Teatro Abril. Depois de sua exibição em versão original aqui no Brasil, a peça vem agora totalmente traduzida para o português com a participação dos grandes atores de destaques musicais no país.


Produzido por Andrew Lloyd Webber, mesmo autor de O Fantasma da Ópera, Cats traz a história da gata Grizabella - interpretada por Paula Lima - que decide largar seus companheiros da tribo dos Jellicle Cats para explorar o mundo e na volta acaba sendo rejeitada pelos seus colegas. Além disso, todos os felinos estão muito ansiosos, aguardando a grande noite em que o Old Deuteronomy - interpretado por Saulo Vasconcelos, um dos maiores atores de teatro musical da América Latina - irá escolher um membro da tribo dos Jellicle Cats, para dar início a uma nova vida.


Além de um cenário deslumbrante que te leva a acreditar que você está vendo um luar de verdade, a interpretação dos atores é ótima, principalmente na forma como eles incorporam os felinos realizando as coreografias, com certeza com um preparo técnico infalível. A interação em vários momentos com a plateia em que eles realmente se deslocam até o público causa um envolvimento ainda maior para bem próximo dos fofos "Cats". Além disso no intervalo da peça, o público tem a oportunidade de subir ao palco e conversar com o Old Deuteronomy. É realmente fantástico.


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas


O filme Alice no País das Maravilhas traz uma visão totalmente diferenciada e inovadora com relação ao clássico da Disney que foi lançado em 1951. Dirigido por Tim Burton, a nova versão da obra de Lewis Carroll, oferece ao público um espetáculo de cores e cenários deslumbrantes que, vistos em 3D, acabam por trazer uma aproximação incrível com o que se passa no mundo de Alice.


Nesta trama a menina, que na verdade já é uma moça de 19 anos, não é tão inocente assim, e conforme vai enfrentando os conflitos que vão surgindo, ela vai conquistando cada vez mais um ar de sabedoria e esperteza.


A produção conta a história da jovem Alice (Mia Wasikowska) que ainda está duvidosa sobre que caminho seguir, pois todos passam o tempo todo lhe dando conselhos sobre o que fazer. Cansada de tudo isso, ela acaba fugindo no momento em que é pedida em casamento por um aristocrata tolo e a partir daí situações totalmente inusitadas começam a ocorrer, quando ela cai na toca de um coelho vestido de terno. Lá ela dá de cara com personagens como o chapeleiro maluco, interpretado por Johnny Depp, a Rainha de Copas que adora ordenar que cortem a cabeça de quem lhe desagradar, interpretada por Helena Bonham Carter, e a sua irmã: a Rainha Branca (Anne Hathaway), além de outros como uma lagarta azul que fuma narguilé.

Além de proporcionar todo esse visual deslumbrante, o filme conta com ótimas interpretações como as do ator Johnny Depp, no papel do chapeleiro maluco, que se consagrou como o rei da interpretação da excentricidade, juntamente com o diretor Tim Burton, memorável por dirigir filmes que saem totalmente do comum. Burton e Depp já estiveram presentes em outras esquisitices como Edward, Mãos de Tesoura e Sweeney Todd — O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet .

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Chico Xavier


Essa produção de Daniel Filho – que também dirigiu os filmes Se eu fosse você 1 e 2 - vale a pena pela grande atuação de atores como Ângelo Antônio que interpreta uma parte da vida de Chico Xavier. Além disso, a trama traz a história de um dos maiores médiuns que já existiu, a qual acaba, por si só, cativando os espectadores.


Marcado por um mercado cinematográfico não muito bem conceituado, diante das grandes produções estrangeiras, o cinema nacional consegue agregar valores através de filmes como esse, ao investir na reprodução de uma história que é palco de atenção em todo o planeta, além de trazer um time de atores que mostram ao país, como é possível que filmes bem feitos sejam produzidos, bastando apenas um maior desenvolvimento dessa capacidade.


A trama de Daniel Filho conta desde o nascimento até os últimos momentos do médium, trazendo momentos marcantes da vida do espírita.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Hairspray


Sob direção de Miguel Falabella, o musical Hairspray certamente dá um show espetacular, o Previsto para permanecer em cartaz até o final de maio, o espetáculo conta com a participação de grandes atores como Edson Celulari, Danielle Winits, Arlete Salles, Jonatas Faro e Simone Gutierrez.

O enredo traz a história de Tracy Turnblad (Simone Gutierrez) , uma garota que sonha em participar como cantora e dançarina de um dos programas de talentos mais famosos da década de 60, período em que se passa a trama. No entanto, Tracy vai enfrentar uma série de desafios, pois, sua forma física não é exatamente o que a TV quer mostrar ao público. Por isso ela tem de lidar com preconceitos, sendo impedida de ir para a TV primeiramente por sua mãe (Edson Celulari), que tem medo que a filha possa sofrer muito com a sociedade extremamente preconceituosa. Porém é justamente nesse momento, que a garota junta forças para lutar por seus objevos e pelos direitos de todos os excluídos da sociedade.

Com figurinos e coreografia magníficas, o espetáculo também vale a pena pelas grandes interpretações tanto de Simone como de Celulari, que deixam se levar pelos ritmos da Broadway de forma a conduzir toda a história.

terça-feira, 30 de março de 2010

Ilha do Medo


Baseado no livro homônimo de Danis Lehane, o mesmo autor de Sobre Meninos e Lobos, Ilha do Medo, dirgido por Martin Scorsese, deixa o espectador ansiososo e afltito ao mesmo tempo, conforme a superprodução vai se desenrolando. Com ares muito mais fortes de drama do que de suspense, pois, em nenhum momento ele chega a trazer o ambiente de tensão típico dos suspenses em que algo inesperado ocorre, ele tavez tenha recebido essa classificação pelo cenário assustador e pelo desfecho final que é surpreendente, mas não de forma assustadora.


O filme conta a história de dois detetives, Chuck (Mark Ruffalo) e seu chefe Teddy (LeonardodiCaprio), que chegam a uma ilha isolada, a qual abriga um hospital psiquiátrico. Lá a dupla terá que investigar o desaparecimento de uma paciente acusada de matar os três filhos. No entanto, a situação não será nada favorável para os dois, principalmente para Teddy, que começa a ficar extremamente abalado, associando momentos passados na ilha com suas lembranças da II Guerra Mundial.


Vale a pena conferir a brilhante interpretação de LeonardodiCaprio na transfomação de seu personagem, o qual, acaba no final da trama, em um estado pior que os pacientes da clínica.





terça-feira, 23 de março de 2010

Criação


Apesar de não ter sido elogiado pela crítica, o filme Criação mostrou um trama realmente surpreendente através da história de Charles Darwin, interpretado pelo inglês Paul Bettany, no período de sua vida em que ele está escrevendo a obra "A Origem das Espécies" na qual ele descreve a teoria de que o homem é descendente de macaco. A produção também mostra Darwin no momento em que ele começa a sofrer perturbações causadas pela morte de sua filha de 10 anos de idade.


O filme envolve os telespectadores a medida que vão se passando conflitos que abalam tanto o naturalista britânico quanto sua mulher (Jennifer Connelly) que é extremamente religiosa. Os dois começam a discutir cada vez mais, tanto pela divergência de crenças entre eles, como pelo fato da morte da filha que acaba por fazer com que Charles Darwin se distancie de sua família . No entanto, a história mostra que uma simples conversa pode ser a solução para que ambos façam as pazes.


Mesmo com um pouco de exagero na dramatização do enredo, vale a pena conferir essa produção do diretor Jon Amiel.

terça-feira, 9 de março de 2010

Não basta apenas vislumbrar é preciso emocionar


A entrega de seis prêmios do Oscar ao filme Guerra ao Terror, incluindo a categoria que fechou a noite de gala dos astros e estrelas do cinema – melhor filme – nos lembrou o fato de que uma produção, para se tornar a super, não necessariamente precisa investir tanto nos recursos que mais têm se destacado no mercado cinematográfico ultimamente, ou seja, a tecnologia de ponta, trazendo efeitos visuais cada vez mais deslumbrantes.


No entanto, é preciso algo além de todo esse mercado industrial tecnológico, pois eu diria que mais relevante ainda é a produção de um filme em que seus personagens consigam trazer a emoção e o cenário para fora das telas fazendo com que o espectador viva o que se está passando. Sim, o filme 3D também pretende unir ficção e realidade em uma coisa só ao aproximarem o público do cenário e seus personagens, mas acredito que muito mais do que uma viagem pelas telas do cinema através da tecnologia, seja a emoção que sempre acaba por falar mais alto, sendo esta produzida apenas pela forma como os personagens do filme são conduzidos.
Certamente foi isso que garantiu a vitória de Guerra ao Terror, a qual quebrou expectativas de muitos, alguns inclusive que já diziam que o Oscar não teria graça, pois Avatar ganharia em suas nove indicações, o que acabou por não ocorrer, pois o filme dos habitantes de Pandora conquistou apenas três categorias: fotografia, efeitos visuais e direção de arte.


Guerra ao Terror acabou por conquistar o dobro em: montagem, efeitos sonoros, mixagem de som, roteiro, diretor e melhor filme.
Outro grande marco da noite foi o prêmio de melhor diretor que, pela primeira vez na história do Oscar, foi entregue a uma mulher Kathryn Bigelow, nada menos que a ex de James Cameron, diretor de Avatar e detalhe, quem ensinou Kathryn Bigelow a dirigir produções e a realizar e a conduzir o maior ganhador de prêmios do Oscar da noite.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Bastardos Inglórios




Com oito indicações no Oscar 2010,Bastardos Inglórios vem com tudo para a noite de gala, apesar de Avatar estar entre o favorito das mais relevantes categorias do espetáculo. Com interpretações magníficas, o diretor Tarantino traz um diálogo inteligentíssimo e com um humor muito bem trabalhado de forma totalmente sarcástica, que leva a plateia a entrar no ritmo da produção nos primeiros minutos do filme.

A história se desenvolve no período da II Guerra Mundial e se divide em duas tramas que passam momentaneamente, trazendo a vida de uma judia que vive na França, interpretada por Mélanie Laurent, que após ter escapado de um grupo de soldados alemães que exterminam toda a sua família, vai para Paris onde assume uma identidade falsa e se torna dona de um cinema. Enquanto isso, um grupo de rebeldes soldados judeus e alemães liderados pelo tenente norte-americano Aldo Raine (Brad Pitt) se prepara para derrotar Hitler e instalar um golpe no poder.

Com um final espetacular de modo a causar um aumento de expectativa no público, para saber como se dará o fim de Hitler e o que acontecerá aos personagens presentes, Bastardos Inglórios também se candidata como um forte indicado entre as grandes produções. Apesar de ainda estar em cartaz em alguns cinemas, já foi lançado em DVD.

terça-feira, 2 de março de 2010

Amor sem escalas


Com seis indicações no Oscar 2010 de melhor filme, direção, ator (George Clooney) e atrizes coadjuvantes (Anna Kendrick e Vera Farmiga), Amor sem escalas parece ter rompido um pouco o paradigma das comédias que vem sendo produzidas nos telões, famosas por provocar alguns poucos momentos de pequenas risadas nos espectadores. Desta vez o diretor Jason Reitman, de Obrigado por fumar e Juno, vem para o seu terceiro longa-metragem trazendo temas da atualidade que realmente são confrontados pelas pessoas no dia-a-dia, com um toque de humor irreverente que, desta vez sim, leva o público a dar altas risadas.


Na trama, George Clooney interpreta Ryan Bingham, um quarentão grisalho que é funcionário de uma empresa terceirizada com a função de demitir pessoas de outras companhias. Em função disto ele vive viajando, e passa a maior parte da sua vida em aviões, hotéis e carros de luxo. Solteirão convicto, seu coração está prestes a ser abalado com a chegada de uma executiva (Vera Farmiga) que parece mudar sua vida. Além dela, ele tem presença constante de uma jovem executiva que parece ter uma ideia revolucionaria para sua equipe de trabalho, o que acaba por desagradá-lo.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Guerra ao Terror


Basta assistir ao filme Guerra ao Terror para poder entender porque esta produção acirra tanto a disputa pelo Oscar 2010, tendo nove indicações de peso ao lado de Avatar que desfruta do mesmo privilégio.


Rodado na Jordânia, Guerra ao Terror parece levar o público para dentro das telas do cinema, trazendo a sensação de estar vivendo uma guerra em tempo real ao lado do sofrimento dos personagens, apesar de não ter sido produzido em formato 3D como em Avatar que também leva os espectadores para dentro do planeta de Pandora.


A disputa pelo maior prêmio do mercado cinematográfico também parece envolver relações pessoais, pois a diretora de Guerra ao Terror não é ninguém menos que Kathryn Bigelow, a ex-mulher de James Cameron que por sua vez é o diretor de Avatar.


O filme narra a história de uma equipe de soldados americanos que vão ao Iraque para desarmar bombas, sua especialidade. O ator Jeremy Renner, que concorre ao Oscar de melhor ator, simplesmente brilha no papel do sargento Willian James, que de uma forma totalmente irreverente se arrisca das mais diversas formas para executar sua missão, juntamente com sua equipe.


Apesar do filme ter sido lançado diretamente em DVD aqui no Brasil no final do ano passado, por não ter repercutido tanto aqui no país, ele chega agora aos telões brasileiros pelas suas grandes indicações.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Medos Privados em Lugares Públicos


Baseado na peça teatral homônima do inglês Alan Aycbourn, Medos Privados em Lugares Públicos estreou nos telões em 2007, e vem levando, desde então, um número significativo de pessoas as telas do cinema, mesmo depois de seu lançamento em DVD.


Dirigido pelo francês Alain Resnais, o drama narra a história de indivíduos solitários residentes em Paris, que, ao exporem seus medos e frustrações, acabam cruzando seus destinos e vendo nessa aproximação, uma forma de reconfortarem seus problemas.


O filme é produzido sob uma estética bem teatral, sem deixar, é claro, de produzir estereótipos reprimidos que impedem o excesso de caracterização externa dos personagens, típico do teatro. Recomendo que você confira essa grande produção e a incrível atuação dos atores que se relacionam de maneira a trazer os seus medos, através do jogo de cena com a situação, muitas vezes revelada apenas pela expressão facial.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Nine


Disputando o Oscar de 2010 por quatro categorias de melhor: direção artística, fotografia, canção e atriz coadjuvante (Penélope Cruz), o musical Nine foi dirigido por Rob Marshall, quem também dirigiu Chicago, outra adaptação da Broadway vencedora de seis Oscar, incluindo melhor filme.

Em Nine, Marshall realiza sua produção em homenagem ao diretor italiano Federico Fellini e seu filme Oito e meio, contando a história de um cineasta, interpretado por Daniel Day Lewis, que se vê em crise, pois, diante do anúncio de que as filmagens de sua nona produção serão rodadas o mais breve possível, ele sofre um bloqueio artístico o que o impede de não escrever sequer, o primeiro parágrafo de seu roteiro.

Diante disso, ele se hospeda em um hotel distante dos estúdios Cinecittà localizados em Roma, para dar início a uma história ao seu filme, sendo, neste momento, pego de surpresa por lembranças que vão desde a sua infância, até a relação conturbada com sua mulher (Marion Cotillard) e a amante (Penélope Cruz), em que ambas também aparecem em tempo real, fora de sua mente.

Destacando-se em algumas cenas, como na apresentação da canção Be Italian, o que deixa uma pequena referência aos números musicais de Chicago, Nine pareceu não ter explorado tanto os recursos de produção musical, o que acarretou em algumas canções com coreografias semelhantes, que apenas completam o filme, sem dar uma continuidade relevante e interessante aos fatos que decorrem durante a história.

Até mesmo a fantástica atriz Penélope Cruz não se destacou tanto com sua personagem que se revela em alguns pontos do filme, mas, mesmo assim, Penélope disputa o Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua interpretação em Nine.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Hermanoteu na Terra de Godah


A época é da passagem do Antigo ao Novo Testamento, mas, as piadas feitas durante o espetáculo referem-se às inusitadas situações que ocorrem no dia-a-dia abrangendo política, esporte, entretenimento, provocando uma “chuva” de risos na plateia.


Hermanoteu na Terra de Godah conta a história de um hebreu que recebe uma missão de conduzir o povo de Deus à Terra de Godah. Durante essa jornada, ele vai encontrando os mais diversos e satirizados personagens que vão de Cleópatra, passando por um Júlio César gay, um anjo amalucado, entre muitos outros até chegar a um Jesus Cristo nada convencional, contando ainda com a participação da gravação da voz de Chico Anysio no papel do Todo-Poderoso.


Realizada pela Cia de Comédia Os Melhores do Mundo, um dos maiores grupos de sucesso no Brasil, o espetáculo, que vem rondando há algum tempo pelo país e, também já passou por Portugal, está agora de volta ao Citibank Hall em São Paulo para se apresentar nos dias 6 e 7 de fevereiro. Recomendo que você confira essa imperdível e hilariante produção.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Cada um com seus pobrema


Este espetáculo hilariante produzido e estrelado pelo ator Marcelo Médici, que ficou famoso após sua atuação na novela Belíssima, permanece em cartaz até o dia 31 de janeiro.


Em uma produção muito bem explorada Médici já levou 200.00 espectadores em suas mais de 380 apresentações, a dar altas risadas com os mais diversos papeis incorporados pelo ator neste monólogo cômico, entre eles o famoso mico-leão-dourado que é homossexual, o corintiano Sanderson e a hilária Tia Penha, uma apresentadora infantil que mal consegue lidar com crianças.


Cada um com seus pobrema teve sua estreia oficial em 2004 e, desde então, vem realizando temporadas pelos palcos de várias cidades brasileiras.


E para quem perdeu as apresentações dessa temporada, poderá aguardar até que ela reapareça aqui em São Paulo, ou conferir em algum outro lugar do país, ou ainda acessar vídeos da peça pelo Youtube. O importante é não deixar de conferir os personagens mais bem humorados que Marcelo Médici traz a plateia.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lançamento em DVD


Para quem não conferiu nos telões do cinema o que seria um retorno inesquecível do maior astro pop de todos os tempos, poderá ver agora uma preparação da ultima turnê que Michael Jackson faria no DVD que foi lançado oficialmente no dia 26 de janeiro.


A produção Michael Jackson's This is it é uma obra inteiramente dedicada aos fãs do rei do pop que aguardavam ansiosamente por sua turnê que começaria em julho de 2009.


MJ havia anunciado em março do ano passado que iniciaria uma séria de shows no verão de 2009, os quais marcariam seu retorno e também o encerramento de suas carreiras nos palcos. Porém, a morte do cantor ocorrida no dia 25 de junho encerrou sua carreira para sempre provocando um impacto em todo o mundo.


O filme traz fragmentos dos ensaios daqueles que seriam os últimos shows e através deles podemos notar como Michael se encontrava alguns meses e até dias antes de morrer, pois, apesar dele continuar dando um espetáculo triunfante após treze anos sem se apresentar ao público, havia algo de diferente se comparado ao brilho que ele demonstrava antigamente.
É certo que ele passou muito tempo longe dos fãs e já estava com 50 anos, mas acredito que principalmente os seus fãs, notarão diferenças que trouxeram implicitamente que algo não estava bem com o rei do pop.


Mesmo para quem não conheceu o seu legado artístico profundamente, tenho certeza que se interessará pelo documentário musical que mostra um dos maiores fenômenos que já existiu na história da música.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sherlock Homes


O lado de Holmes que muitos desconhecem

No filme de Guy Ritchie, a dupla mais famosa (Sherlock Holmes e Watson) das obras do escocês Conan Doyle parece trazer caracterizações desconhecidas até mesmo para os leitores mais fanáticos e apaixonados pelo detetive.

Interpretado por Robert Downey Junior (que recebeu o Globo de Ouro na categoria de melhor ator de comédia ou musical) o detetive, ao contrario de perfis retratados nas versões clássicas, em que apresenta caráter extremamente observador, está disposto, nesta recente produção, a usar sua capacidade intelectual também na força bruta através de todo tipo de luta. Outra mudança trazida por Ritchie é a forma como Holmes se relaciona com Watson (interpretado por Judie Law) em que o médico é visto como seu grande companheiro e, sua ausência tornaria impossível a resolução do caso apresentado.

O enredo traz a história do serial killer Lorde Blackwood (Mark Strong) que, aparentemente, usa de forças malignas como forma de ameaça para controlar o Império Britânico e atrair suas vítimas. Assim, a dupla inseparável (Holmes e Watson), terá que desvendar o que realmente está se passando.

Vale a pena conferir essa superprodução e, principalmente, a excepcional atuação de Robert Downey Junior, um dos poucos atores que soube trazer modificações, sem alterar o estereótipo de seu personagem.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Avatar recebe Globo de Ouro por melhor filme dramático


Na grande festa realizada ontem, na entrega do Globo de Ouro, a atriz Julia Roberts encerrou o evento anunciando a entrega do prêmio de categoria mais aguardada: melhor filme dramático. A produção de James Cameron, Avatar, foi anunciada pela atriz, sendo o vitorioso da noite.

No palco, o diretor – que também foi aclamado no evento que premiou sua outra mega produção Titanic - agradeceu à Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood por acreditar em seu novo projeto.

O longa já arrecadou US$ 1,42 bilhão em todo o mundo e é segunda maior bilheteria, ficando atrás apenas de Titanic. O prêmio de melhor diretor também foi entregue a James Cameron na 67a edição do evento.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

De volta aos palcos paulistanos

TOC – TOC

Sob direção de Alexandre Reineck, essa comédia teatral que estreou em maio de 2008 e vem, desde então, atraindo um público cada vez maior a dar altas risadas, está de volta no Teatro Gazeta a partir desta sexta-feira, dia 8, permanecendo em cartaz até o dia 28 de fevereiro.

A peça narra o conflito de personagens que são vítimas do TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo - e que se encontram na sala de espera de um consultório médico, porém, como o doutor não aparece, os seis pacientes acabam formando um grupo de auto-análise entre eles mesmos, expondo seus problemas.

TOC-TOC soube retratar o transtorno psicológico de maneira respeitosa, sem satirizá-lo e, ao mesmo tempo, buscando em cada personagem situações hilárias que divertem o público do começo ao fim.

I love Neide

A partir desta sexta (dia 8) o humorista Eduardo Martins traz para o teatro União Cultural localizado no bairro do Paraíso, o espetáculo I love Neide em que ele interpreta a famosa personagem “Neide Boa Sorte” que surgiu em um quadro no programa da apresentadora Hebe Camargo.

Em 80 minutos, “Neide” diverte o público apresentando diversas situações e temas, interagindo, em alguns momentos, com algumas pessoas da plateia. O espetáculo integra o Festival de comédias com Eduardo Martini em que o ator começa na sexta com I love Neide, no sábado ele apresenta “Até que o casamento nos separe”, encerrando no domingo com Na medida do Possível. O festival ficará em cartaz até o dia 31 de janeiro.

Abraços Partidos


O vermelho de volta aos telões

O diretor Pedro Almodóvar está de volta trazendo aos telões as fortes características existentes na sociedade espanhola.

Um dos mais renomados cineastas espanhóis que conquistou reconhecimento internacional, Almodóvar é famoso por seus filmes que satirizam a sociedade espanhola, algumas vezes com humor negro, como nas produções que conquistaram vários países pelo mundo: Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988), Ata-me (1990), De Salto Alto (1991), Kika (1993) entre outros.

Em Abraços Partidos não é diferente, o filme mostra, assim como nas dramaturgias anteriores, a total entrega que Almodóvar tem pelo seu trabalho. O enredo traz a vida de um cineasta que se divide em duas pessoas: o diretor cinematográfico Mateo Blanco (Lluis Homa) que durante produção de seu longa (o qual faz referência a Mulheres à beira de um ataque de nervos), se apaixona por Lena (Penélope Cruz), a mulher do empresário Ernesto Mariel, a qual, querendo se tornar atriz, participa de um teste para fazer o filme de Blanco e acaba sendo aprovada Então, a partir de uma tragédia que ocorre em sua vida, o cineasta perde a visão e decide trocar de identidade, transformando-se no roteirista Harry Caine.

A intensidade com que os personagens se relacionam, os fortes traços característicos de cada um indicando a personalidade dos personagens e a retratação da cor vermelha que se apresenta durante quase todo o longa trazendo sentimentos de caráter forte, relatam que Almodóvar está de volta para matar a saudade de quem vem aguardando novas produções almodovarianas.

Mesmo quem não acompanhou os seus trabalhos, vale a pena conferir e descobrir a importância de suas conquistas no cinema internacional.