“Eu ainda
vou encontrar o homem certo pra mim”. Quantas mulheres, em algum momento de suas vidas, já se flagraram dizendo esta
frase, seja após um longo tempo de espera pelo príncipe encantado, após um
extenso relacionamento que não deu certo, ou ainda depois de conhecer e sair
com vários parceiros apenas por aventura com a plena convicção de que nenhum
deles é a cara-metade sonhada?
A atriz Mônica
Martelli vive esse dilema na comédia Os Homens
São de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou no papel da personagem Fernanda, uma
mulher de 39 anos, que está a procura desesperada de um par romântico ideal..
Sua angústia apenas se agrava com o fato dela ser a responsável por produzir
diversos casórios, já que é dona de uma empresa especializada em casamentos.
A trama
consiste em narrar a saga da protagonista: encontrar sua metade da laranja,
incluindo diversos homens dos mais variados perfis e gostos com quem ela se
relaciona, como o galanteador Juarez (Eduardo Moscovis), quem ela conhece numa
das festas de um de seus clientes, e um alemão (Peter Ketnath), totalmente
desapegado às coisas materiais e amante da natureza, que ela conhece numa
viagem a Salvador. Todavia, os diversos entraves que surgem em cada novo
relacionamento que Fernanda começa leva-a a crer que jamais encontrará aquele
que ela idealiza como seu príncipe.
Baseada na
peça teatral escrita e apresentada em forma de monólogo para mais de 2 milhões
de pessoas, a produção cinematográfica é dirigida por Marcus Baldini e tem tudo para conquistar o
público, justamente por trazer um tema que faz parte do cotidiano de muitas
pessoas, gerando grande empatia e descontração ao mesmo tempo, por ser contado
em forma de comédia.
A trama
empolga no início, mas pode diminuir
acentuadamente, já que vai ganhando uma linearidade sem muitas surpresas e
diversas piadas já conhecidas, principalmente por estarem relacionadas a algo
tão clichê, que é a comicidade presente na dificuldade em encontrar um parceiro,
talvez o diferencial fosse justamente encontrar uma abordagem distinta para
algo já tão retratado nas telinhas, nos telões e nos palcos.
O ator
Paulo Gustavo – que vem se revelando um verdadeiro rei da comédia brasileira da
geração atual, com suas variadas atuações nos palcos e nas telinhas por meio de
séries cômicas – arranca risadas da plateia e confere um upgrade ao filme toda vez em que aparece interpretando o sócio de
Fernanda, Aníbal. Outra cena que pode valer a pena conferir, é o momento em que
a protagonista enfrenta um verdadeiro drama,
quando está prestes a urinar em um rio, numa tentativa de viver apenas
com os recursos da natureza, seguindo o estilo de vida de seu namorado alemão. É
conferir para tirar as próprias conclusões.
Por Mariana da Cruz Mascarenhas