quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Maria do Caritó
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Hamlet
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Intocáveis
Este cenário muda completamente a partir do momento em que Driss é apresentado a Philippe pela primeira vez, quando este procura contratar um cuidador para ele. A aproximação dos dois denota o grande destaque desta produção em relação às comédias dramáticas convencionais. A forma como Driss lida com o problema de seu companheiro deficiente é dotada de um caráter emocional e ao mesmo tempo cômico.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Hiperativo
sábado, 22 de setembro de 2012
Tropicália
Com base numa profunda e trabalhosa pesquisa histórica em arquivos de jornais, revistas, shows e filmes, montado sobre uma sequência destes documentos com a produção executiva do consagrado diretor Fernando Meirelles, Tropicália se transforma numa romântica máquina do tempo, dando a oportunidade daqueles que testemunharam esse período histórico de reviverem as emoções, o desprendimento e o romantismo da música e da cultura popular brasileira, ao mesmo tempo que recordam as agruras do regime militar – ou despertando a consciência daqueles que, como eu, à época apenas uma criança, passavam à margem dos acontecimentos sem se aperceberem da gravidade e das consequências do momento histórico.
A meu ver, embora desprovido de grandes efeitos e do brilho comum aos filmes das grandes bilheterias, em virtude do material existente à época dos registros, a produção segue o pensamento exposto brilhantemente por Caetano na sua primeira aparição no filme, quando entrevistado pelos apresentadores portugueses: no exílio, perguntado sobre o sentimento anti-norte-americano demonstrado nas manifestações contra a ditadura militar, que ele não via a Tropicália como algo contra o americano, mas que em seu entender devemos imitar aquilo que o povo dos Estados Unidos tem de mais positivo, ou seja, de valorizar sua própria história e cultura, num recado ao povo brasileiro.
A meu ver, embora desprovido de grandes efeitos e do brilho comum aos filmes das grandes bilheterias, em virtude do material existente à época dos registros, a produção segue o pensamento exposto brilhantemente por Caetano na sua primeira aparição no filme, quando entrevistado pelos apresentadores portugueses, no exílio, perguntado sobre o sentimento anti-norte-americano demonstrado nas manifestações contra a ditadura militar, que ele não via a Tropicália como algo contra o americano, mas que em seu entender que devemos imitar aquilo que o povo dos Estados Unidos tem de mais positivo, ou seja, de valorizar sua própria história e cultura, num recado ao povo brasileiro.
Destaque para uma filmagem jamais divulgada, rara e sem igual do Festival da Ilha de Wight, no interior da Inglaterra, no mesmo ano em que tocaram artistas como Miles Davis, The Doors e Jimi Hendrix.
Na sessão a qual assisti, que contou com uma parte da grande equipe de produção, tive o privilégio de presenciar a abertura feita pelo diretor e duas produtoras do filme. Eles ressaltaram a importância do movimento para a construção da identidade da cultura nacional na música, cinema e artes plásticas.
E é isso que, a despeito de qualquer produção com o requinte dos grandes patrocinadores e da indústria cinematográfica, Marcelo Machado e sua equipe nos transmitem neste brilhante trabalho: mostrar o que a história e a cultura brasileira têm de mais rico. Vale a pena conferir e recordar – ou fazer uma viagem ao passado.
domingo, 16 de setembro de 2012
360
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
A Família Addams
domingo, 26 de agosto de 2012
Rodriguianas: Tragédias Para Rir
domingo, 19 de agosto de 2012
Comício Gargalhada
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Para Roma Com Amor
domingo, 22 de julho de 2012
Fame: o musical
domingo, 24 de junho de 2012
Violeta foi para o Céu
Por Mariana da Cruz Mascarenhas
domingo, 20 de maio de 2012
Um Violinista no Telhado
terça-feira, 8 de maio de 2012
Titanic em 3D
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Hair

Sucesso mundial que estreou nos palcos em 1967 e foi parar nos telões no ano de 1979, o musical Hair, dirigido e remontado por Charles Möeller e Claudio Botelho, veio para o Teatro Frei Caneca em São Paulo, depois de conquistar as plateias cariocas.
Hair garante emoção do começo ao fim contando a história de uma tribo de hippies de Nova York que integravam o movimento da contracultura do ano de 1968, marcado por diversos movimentos de mesmo gênero que se espalharam pelo mundo pregando o direito à liberdade, sempre no estilo paz e amor acompanhado de sexo, drogas e rock and roll.
O espetáculo prende a atenção logo no começo ao abrir a trama ao som de “Aquarius”, traduzido para a versão brasileira, apresentando todos os personagens que compõem essa linda e emocionante história que foca a vida de Claude (Hugo Bonemer), um dos integrantes da tribo hippie. Diante da convocação para lutar na Guerra do Vietnã e da pressão dos pais conservadores para que o filho vá defender sua pátria como um verdadeiro soldado, Claude se vê na difícil tarefa de escolher entre ficar com pessoas de quem ele realmente gosta ou mudar radicalmente de vida ao escolher servir ao exército dos EUA.
Diferente de muitos musicais, Hair se consagra não pela riqueza de cenários ou figurinos presentes na peça, mas sim por um intenso e incrível trabalho de expressão corporal dos atores que, não somente se destacam, mas conseguem concentrar toda a complexidade de um musical apenas na atuação cênica sem precisarem de recursos externos para arrebatarem o público.
Vale destacar as atuações dos atores Hugo Bonemer e Fernando Rocha, além da voz incrível da atriz Karin Hils que faz o teatro vibrar em canções como “Aquário” e “Deixa o Sol Entrar” que encerra o espetáculo em uma belíssima cena impedindo que muitos espectadores consigam conter as lágrimas.
Por Mariana Mascarenhas
sábado, 7 de abril de 2012
Xingu

O filme, produzido por Fernando Meirelles (Cidade de Deus) e dirigido por Cao Hamburger (Castelo Rá-Tim-Bum e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias) foi filmado no Alto Xingu, com algumas cenas gravadas na Reserva do Morro Grande em Cotia. Xingu resgata a fabulosa e corajosa saga dos Irmãos Villas Boas, cujos nomes representam internacionalmente sinônimo de proteção à cultura indígena e de preservação dos modos de vida dos primeiros brasileiros que habitaram originalmente nosso continente.
Tendo como pano de fundo a própria Selva Amazônica – patrimônio da humanidade – formando um maravilhoso e extasiante cenário, o misto de aventura, documentário e romance começa com Orlando (João Miguel) e o jovem Leonardo (Caio Blat) embarcando numa perigosa aventura para o Alto Xingu, seguido por Claudio (Felipe Camargo). Despertando curiosidade e suspense, os irmãos embrenham-se pela floresta e fazem os primeiros contatos com os índios Caiabis, participando ativamente de seu relacionamento com os caraíbas (homem branco). Esse contato, a princípio positivo, gera um dos momentos mais dramáticos do filme, prendendo os olhares e a respiração da plateia: a chegada do branco trouxe epidemias de doenças que os índios não conheciam, como a gripe, que acaba por dizimar metade de uma aldeia. Tudo isso é mostrado com beleza e realismo pela produção da O2 Filmes.
Durante seu desenrolar, além de revelar vários aspectos da cultura indígena e não apenas seu relacionamento entre as diversas tribos, mas também com a civilização branca, a trama expõe muitas das agruras às quais os povos indígenas foram submetidos, face à sanha de enriquecimento movida por interesse dos homens brancos em expandir suas fronteiras agrícolas e exploratórias e a auto-suficiência e arrogância de alguns dos militares de então.
Apesar disso, tais acontecimentos geraram grandes conquistas, pois, em 1961, o então presidente Jânio Quadros cria o Parque Nacional do Xingu, que se tornaria um dos maiores parques indígenas do mundo e habitat atual de 14 etnias diferentes, totalizando cerca de 5.500 índios. Além dos caiabis, os irmãos foram os primeiros brancos a fazer contato com os kreen-akarore, uma tribo que jamais havia conhecido um homem branco, sendo este um dos momentos mais surpreendentes do filme.
Em suma, essa produção, que teve sua pré-estreia no Cine Sabesp, uma de suas patrocinadoras, é um filme deslumbrante, num cenário belíssimo. Trata-se de uma história real que nos orgulha de sermos brasileiros e das nossas riquezas naturais, mostrando que o cinema nacional tem amplas condições para protagonizar histórias belíssimas e que resgatam a nossa cultura e a presença do público aos nossos filmes, bem como história de verdadeiros heróis que contribuíram para a construção de nossa identidade. Um filme que promete arrebatar plateias e acaba de estrear nos telões.
Por Sérgio Eduardo Nadur
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Priscilla, Rainha do Deserto

Apresentada nos telões em 1994, finalmente a história de Priscilla, Rainha do Deserto ganha uma versão para os palcos sendo realizada simultaneamente, pela primeira vez, na Broadway e também no Brasil.
A trama traz a divertida e envolvente aventura de três drag queens – Mitzi (Luciano Andrey), Felícia (André Torquato) e Bernadette (Ruben Gabira) - que embarcam em um ônibus apelidado de Priscilla rumo ao deserto australiano.
Com diversas trocas de cenário e coreografias muito bem trabalhadas, o espetáculo musical paralisa os olhos da plateia que se encanta com os personagens, as músicas e os figurinos deslumbrantes. Isso sem contar um dos momentos memoráveis da peça, que traz para os palcos um ônibus, orçado em 1,7 milhão de dólares, com uma iluminação diferenciada que se altera de acordo com as cenas apresentadas.
Quanto às atuações, se destacam o trabalho de André Torquato, que do começo ao fim da peça encara com brilho e muita energia a engraçada e badalada drag Felícia e Ruben Garbira, que confere entrega total ao personagem, trazendo para o público uma Bernadette emotiva, divertida e, ao mesmo tempo, que sabe lidar com os preconceitos impostos aos homossexuais por alguns setores da sociedade.
O espetáculo conta ainda com as participações de Simone Gutierrez – que foi destaque no espetáculo Hairspray (2009) entre outros e Saulo Vasconcelos – que se consagrou em musicais como O Fantasma da Ópera (2005), Os Miseráveis (2001), Cats (2010) entre outros.
Para não quebrar o encanto das mais famosas músicas dos últimos tempos como “I will survive”, “It’s Raining Men”, “I say a little prayer” e “Material Girl”, os atores cantam a versão original das canções despertando uma vontade de dançar nos espectadores, que têm a chance de entrar no clima, mexendo o esqueleto, ao final da peça.
Por Mariana Mascarenhas